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domingo, 27 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

DESEJAMOS A TODOS UM PRÓSPERO ANO NOVO DE 2010 , REPLETO DE REALIZAÇÕES PESSOAIS ESTENDIDO A TODA FAMÍLIA.
PELA CORAGEM COMBATIVA EM  DEFESA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
QUE CADA UM POSSA FAZER A SUA PARTE ONDE ESTIVER E , EM QUE SITUAÇÃO SE ENCONTRE


ESTEJAM EM PAZ


I.D.D.P.H.  - INSTITUTO DE DEFESA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
ANDRE
CEL 9606-7642

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A VERDADE E UMA (I)

Com freqüência, ao discutir religião, se ouve a afirmação de que ninguém tem o direito de julgar a crença dos outros, ou que a religião de uma pessoa é um assunto privado e que ninguém pode dizer o que está certo ou errado.  Ao longo da história as sociedades têm baseado suas leis e éticas em “verdades absolutas” que consideram “corretas”, e isso ou é resultado de um texto externo considerado supremo, ou da característica encontrada na natureza inerente dos humanos que faz com eles vejam certas coisas como boas e outras como más.  Humanos, até um certo limite, podem ver certas coisas como boas e más.  Por exemplo, todos os humanos, se deixados em seu estado natural sem perversão da mente, verão fezes e urina como imundície.  Da mesma forma, certas ações, como roubar, matar e mentir também são consideradas más, enquanto a verdade, sinceridade e honra são vistas como elevadas.  Isso é resultado de uma característica que foi criada em todos os humanos, mas como mencionado acima, esse sentido é limitado.
Se alguém diz que não tem o direito de julgar a crença ou ações dos outros está, de fato, se contradizendo.  Se perguntarmos a muitas dessas pessoas se matar bebês ou cometer suicídio é correto e aceitável, elas naturalmente responderão que não é.   Mas quando olhamos para certas sociedades, como algumas religiões encontradas na América Central, o infanticídio era visto como um meio de se aproximar de seus deuses.  Hoje, na religião hindu, é louvável que uma esposa se mate após a morte de seu marido.  Se elas realmente acreditassem que a religião é algo para ser deixado por conta do indivíduo e que ninguém tem o direito de interferir ou julgar, então teriam que admitir que matar bebês é correto para aqueles que crêem que é louvável, e que as pessoas não têm direito de julgá-los.
Se levarmos essa questão para o nível individual, veremos que cada pessoa tem sua própria percepção de bem e mal, seja essa uma percepção baseada em religião, lei, cultura ou contemplação individual.  Alguém pode acreditar que é perfeitamente aceitável cometer adultério enquanto outros podem pensar que é errado.  Alguém pode acreditar que é permissível viciar-se em drogas uma vez que se trata do seu próprio corpo, e outros podem considerar isso um crime.  Ninguém seria capaz de dizer que qualquer coisa é certa ou errada, e todas as pessoas fariam o que quisessem para acreditar e praticar o que considerassem como “correto.”
Se implementássemos essa crença na sociedade teríamos uma comunidade baseada na anarquia, onde nenhuma lei poderia ser legislada nem executada, porque a lei é baseada no princípio de que certas coisas são boas e outras são más.  Se dissermos que certas verdades com as quais todos os humanos concordam podem ser usadas para legislar, essa afirmação seria verdadeira até um certo limite, como afirmamos que todos os humanos têm uma característica de distinguir o certo e o errado em um sentido limitado. Mas como visto, essa característica muitas vezes se perverte através de fatores ambientais, psicológicos ou religiosos, de modo que certos atos que foram considerados maus em uma certa época posteriormente são vistos como legítimos e aceitáveis, e algumas coisas que não estão de acordo com a natureza humana são vistas como as chaves para a salvação.  Isso pode ser claramente observado em sociedades democráticas que baseiam suas leis na maioria.  Nós vemos que muitas coisas que foram consideradas absurdas ou imorais são agora socialmente aceitáveis, a ponto de se alguém mantiver uma opinião diferente em relação ao assunto, ser visto como um proscrito.
Por essa razão, os humanos não podem ser deixados por sua própria conta para legislar o que é certo e errado.  Até sociedades da mesma religião que instituíram a separação de religião e estado, embora estejam de acordo nas coisas que mantiveram de sua religião, diferem muito em relação ao que é considerado correto e incorreto.  O que é considerado como idade legal para consentir o sexo na França é considerado estupro na América.  Enquanto o aborto é legal em um país, é crime em outro, enquanto a homossexualidade é vista como um estilo de vida válido em uma sociedade, é vista como um grave pecado em outra.
Então, se nós dissermos que a verdade é absoluta e uma e não é relativa para cada indivíduo e sociedade, a próxima questão é qual é a moral na qual a verdade se manifesta e quem é que as decide?  Quais são as leis que devem ser implementadas na sociedade?  Elas devem ser decididas pelos advogados e juízes que alcançaram o nível de “iluminação legal”, políticos que geralmente tomam decisões em seu próprio benefício ou benefício de seus próprios países, ou filósofos que conheceram as verdades universais através de suas próprias contemplações?  Como visto anteriormente, os humanos não podem decidir essas questões para que não aconteçam resultados catastróficos, como vemos hoje em muitas sociedades tomadas por numerosos males.  O Único que tem o direito de legislar o certo e o errado é Aquele que nos criou e sabe o que é melhor para nós, e que é Deus Todo-Poderoso.  Foi Deus quem criou o mundo e é Deus quem estabelece as balanças da justiça.  É Deus que é perfeito e é Deus quem não tem qualquer tipo de falha.
A maior parte de nossa discussão lidou com as questões de crença relacionadas à moralidade e ações, mas mais importante são aquelas crenças que lidam com Deus, e serão discutidas no artigo seguinte.

A VERDADE E UMA (ii)

Aqueles que acreditam que a verdade é relativa e que todas as crenças são corretas consideram que não é possível dizer que as crenças de uma pessoa estão erradas, porque a religião para elas é uma crença puramente individual.  A falsidade dessa afirmação é muito aparente e não precisamos investigar detalhadamente para prová-la.  Se uma religião acredita que Jesus foi um falso profeta, a outra afirma que ele é Deus, e outra ainda que ele foi um humano especialmente escolhido para ser um profeta, podem todas serem verdadeiras?  Jesus, que Deus o exalte, deve inevitavelmente ser uma das três coisas mencionadas acima, e todas as três afirmações não podem estar corretas.  Portanto, assim como apenas uma dessas afirmações pode estar correta, o que for estabelecido como verdade determina que as outras devem ser consideradas como falsas.
Isso não significa, entretanto, que uma pessoa não tem o direito de acreditar no que quiser, já que esse é um direito que Deus concedeu a todos os humanos.  Mas ao mesmo tempo, não significa que se deva adotar o outro extremo e dizer que todas estão corretas, e que ninguém tem o direito de formar um julgamento sobre elas.  Além disso, dar a uma pessoa o direito de acreditar no que quiser não requer que ela tenha o direito de abertamente praticar ou divulgar essas crenças, porque as leis implementadas na sociedade sempre focam nos efeitos das ações a um nível maior da sociedade e se essas ações são vantajosas ou prejudiciais para a sociedade como um todo.
A partir do que discutimos, podemos inequivocamente chegar à conclusão de que todas as religiões encontradas hoje no mundo ou são falsas, ou existe uma entre elas que é a Verdade abrangente; porque embora várias religiões contenham semelhanças, elas também têm diferenças fundamentais. 
Se dissermos que nenhuma religião no mundo hoje está correta, isso implicaria em acreditar que Deus é injusto porque nos deixou vagando na terra em pecado e transgressão sem nos mostrar o caminho certo para fazer as coisas, e isso é impossível para um Deus Justo. Conseqüentemente, a única conclusão lógica é que há uma Uma Religião Verdadeira, que contém orientação em todas as esferas da vida: religiosa, moral, social e individual.
Como sabemos qual é essa religião verdadeira?  Cabe a cada ser humano investigar essa questão.  Os humanos foram criados para cumprir um grande propósito, não apenas comer, dormir, sair atrás de seu sustento diário e saciar seus desejos.  Para cumprir esse propósito, deve-se tentar descobrir qual é esse propósito, e isso só pode ser feito através de investigação.  Se acreditamos que existe um Deus, e que Deus não deve ter deixado os humanos vagando em desorientação, então devemos procurar pela religião e modo de vida que Deus revelou.  Além disso, essa religião não estaria oculta ou seria difícil para os humanos encontrarem e entenderem, porque isso destruiria o propósito da orientação.  Em acréscimo, a religião deve conter a mesma mensagem através dos tempos, uma vez que mencionamos que tudo retorna para uma verdade absoluta.  Essa religião também não pode conter falsidades ou contradições, porque falsidade ou contradição em uma questão de religião prova a falsidade da religião como um todo, já que duvidaríamos da integridade de seus textos.
Não existe outra religião que cumpra as condições mencionadas acima exceto a religião do Islã, a religião que está de acordo com a natureza humana, a religião que foi pregada por todos os profetas desde o surgimento do homem.  Outras religiões encontradas hoje, como o Cristianismo e o Judaísmo, são reminiscências da religião trazida pelos profetas em seu tempo, que era o Islã. Entretanto, com o passar do tempo, elas foram alteradas e perdidas, e o que é encontrado hoje dessas religiões é uma mistura de verdade e falsidade.  A única religião que foi preservada e prega a mesma mensagem trazida por todos os profetas é a religião do Islã, a verdadeira religião, que regula todas as esferas das vidas humanas - religiosa, política, social e individual - e cabe a todos os humanos investigarem essa religião, apurarem sua verdade e segui-la.

http://www.islamreligion.com/pt/articles/7/

sábado, 19 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Jornal da Madeira / 1ª Página / 2009-12-15


Alberto João Jardim preocupado com materialismo e perda de valores na Europa
Radicalismo ameaça
O presidente do Governo Regional presidiu, ontem, à inauguração da Mesquita do Funchal, um espaço de culto islâmico que contou com a presença de diversos responsáveis religiosos, embaixadores e empresários.
”Alberto João Jardim chamou, ontem, a atenção para a importância de respeitar a forma como cada ser humano procura chegar a Deus mas mostrou-se contra o materialismo radical das sociedades desenvolvidas tendo advertido que, se este tomar conta da Europa, acabará por ser a decadência de uma forma de viver.
O presidente do Governo Regional falava no âmbito da inauguração da Mesquita do Funchal, um espaço de culto islâmico. Na cerimónia tomaram parte diversas entidades, a destacar o secretário regional dos Recursos Humanos, o director do Centro das Comunidades Madeirenses, o Bispo do Funchal, os presidentes da Comunidade Islâmica de Lisboa e da delegação da Comunidade Islâmica da Madeira, representantes de diferentes religiões, embaixadores, empresários e demais convidados.
A comitiva tomou parte na oração do final da tarde (Maghrib), numa cerimónia de carácter ecuménico, a qual precedeu a inauguração. No acto, houve enorme respeito tendo os presentes mantidos os seus pés descalços, cumprindo as regras islâmicas.
Dirigindo-se aos presentes, Jardim apontou que “o grande problema hoje são aqueles que entram no materialismo radical, que não é só negação de Deus” mas a tentativa de “ceifar no homem o seu direito à procura de Deus”.
Alberto João Jardim lamentou que as sociedades de hoje, embora muito desenvolvidas, “caíram no materialismo” que “despido de qualquer sentido de humanismo, de espiritualismo nunca fez felizes os povos, acabaram por entrar em crise”.
Tomando como exemplo a Europa, advertiu que “se perder os valores da espiritualidade, se cair no materialismo profundo”, este “acabará por ser a decadência de uma forma de viver”.
O chefe do executivo madeirense aproveitou a oportunidade para agradecer aos presentes, o trabalho que têm desenvolvido em prol da Madeira e a forma generosa como se integraram.
“Estão na vossa casa”, afirmou, desejando que “continuem a alimentar os vossos sentimentos religiosos e a lutar num mundo em que se seja livre para desenvolver os nossos sentimentos religiosos e para melhor nos aproximarmos do próximo”.
Foi neste âmbito que a delegação da Comunidade Islâmica da Madeira recebeu o apoio do Governo Regional porque a procura de Deus “tem que ser respeitada pelos poderes públicos” porque “se nós visamos a realização de cada homem e de cada mulher temos que criar condições para a procura de Deus”, concluiu.


Comunidade agradece abertura de Jardim
A Mesquita do Funchal é a 34.ª existente no país. Na inaguração do espaço, o presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, Abdool Magid Vakil, em representação da delegação da Comunidade Islâmica da Madeira agradeceu o apoio e abertura demonstrados pelo Governo Regional.
Nesta cerimónia de carácter ecuménico marcaram presença, entre outros, dos embaixadores da Arábia Saudita e do Irão na capital portuguesa, HIsham Alkatani e Rasool Mohajer, respectivamente. A embaixada Líbia esteve representada por Yahya El Jadid e Saoud Eltayari.
A Comunidade Islâmica na Madeira é presidida por Abdou Karim Ben Adj e pelo seu irmão Abel Lasseri.
A Mesquita localiza-se no Conjunto Habitacional de Santo Amaro II. As instalações foram cedidas pelo Governo Regional. A sua instalação surgiu após a constituição formal da Associação Islâmica da Madeira e no cumprimento do exercício da liberdade religiosa.
Abool Magid salientou que a integração desta comunidade na Região “só foi possível graças à abertura de espírito e de cooperação do Dr. Alberto João Jardim, que acredita na tradição multi-étnica, multi-religiosa e multi-cultural de Portugal como um dos factores essenciais para a convivência harmoniosa e fraterna da comunidade madeirense”.
 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

ACONTECE NA RUSSIA

Supremo Tribunal Russo Determina Regras contra as Testemunhas de Jeová e a liberdade religiosa

http://jw-media.org/images/home/globe.jpg

Jehovah’s Witnesses

Official Media Web Site

Supremo Tribunal russo Determina  Regras contra as Testemunhas de Jeová e a liberdade religiosa

MOSCOW-Em 8 de dezembro de 2009, a Suprema Corte da Federação da Rússia considerou o recurso de uma congregação local das Testemunhas de Jeová e confirmou a decisão judicial anterior inferior, e pronunciou  34 publicações de literatura religiosa de ensino  como “extremista”. A Suprema Corte rejeitou o recurso da congregação. Esta congregação enfrenta agora o “Fechamento”.
Arli Chimirov, o advogado que representa os interesses das Testemunhas de Jeová, lamentou a decisão: “A decisão tomada hoje pelo Supremo Tribunal é uma decisão contra a liberdade de manifestar as crenças religiosas, e afirma uma má aplicação da Lei Federal de Luta contra a atividade extremista das Testemunhas de Jeová , que distribuem essas publicações internacionalmente. As Testemunhas de Jeová  levarão este recurso para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, a fim de proteger a liberdade de religião na Rússia, incluindo o direito de adoração  com a literatura religiosa de sua escolha e o compartilhamento pacífico de crenças com os outros. Enquanto isso, eu temo que  haverá muitos mais atos de intolerância religiosa e ódio contra as Testemunhas  de Jeová, por causa da decisão do Tribunal “.
Os membros da congregação das Testemunhas de Jeová em Taganrog (Rostov Region) no centro do processo, bem como os adoradores de toda a Rússia e no exterior, também estão profundamente preocupados que este alto tribunal irá desencadear uma maior onda de intolerância religiosa, ainda pior do que as atitudes e ações já abastecidos por uma decisão do tribunal regional. Há sete outros casos pendentes contra as congregações das Testemunhas de Jeová como  extremistas ,  a mesma “imposição” posta em cima da congregação Taganrog.
O Presidente da Mesa do Centro Administrativo das Testemunhas de Jeová na Rússia, Vasily Kalin, disse: “Estou muito preocupado que esta decisão vai abrir uma nova era de oposição contra as Testemunhas de Jeová, cujo direito de se reunir em paz, para acessar literatura religiosa e de partilhar a esperança cristã contida no Evangelho, é cada vez mais limitado. “
Sr. Kalin pode falar da experiência pessoal. “Quando eu era jovem, fui enviado para a Sibéria por ser uma das Testemunhas de Jeová e porque meus pais estavam lendo A Sentinela, a mesma revista a ser injustamente declarado” extremista “neste processo.”
A Sentinela impressa durante 130 anos,  está disponível em 170 línguas e cada mês cerca de 37 milhões de exemplares são distribuídos mundialmente. As Testemunhas de Jeová têm praticado a sua fé na Rússia há mais de 100 anos.
http://www.noticias.jwbrothers.net/supremo-tribunal-russo-determina-regras-contra

domingo, 6 de dezembro de 2009

partidos políticos na Suíça e na Europa se tornaram covardes

domingo, 6 de dezembro de 2009, 03:39 | Versão Impressa
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,minaretes-da-intolerancia,477563,0.htm

Minaretes da intolerância

Partidos políticos europeus se tornaram covardes e distantes de ações efetivas pelo pluralismo religioso e cultural, diz autor
Tariq Ramadan* - O Estado de S.Paulo


Não deveria ser assim. Por meses ouvimos que os esforços para proibir a construção de minaretes na Suíça estavam fadados a fracassar. As pesquisas de opinião mais recentes sugeriam que aproximadamente 34% da população suíça seria favorável a essa iniciativa chocante. No dia 26, em reunião organizada em Lausanne, mais de 800 estudantes, professores e cidadãos se mostraram certos de que a medida seria rejeitada quando submetida a referendo, e concentraram seus esforços em como transformar uma iniciativa tão tola num futuro mais positivo.

Essa convicção foi esmagada, com 57% da população suíça fazendo aquilo que a União Democrática do Centro, UDC (de direita), insistira para que fizesse - um preocupante sinal de que esse partido populista pode estar mais próximo dos temores e das expectativas das pessoas. Pela primeira vez desde 1983 foi aprovada na Suíça uma iniciativa que destaca uma comunidade específica, com uma essência discriminatória clara. Podemos torcer para que a proibição seja rejeitada no nível europeu, mas isso não faz o resultado menos preocupante. O que está acontecendo com a Suíça, minha terra natal?

Há apenas quatro minaretes na Suíça. Assim, por que foi lançada uma iniciativa desse tipo? Meu país, como tantos outros na Europa, enfrenta uma reação nacional à nova visibilidade conquistada pelos muçulmanos europeus. Os minaretes são apenas um pretexto. A UDC pretendia inicialmente promover uma campanha contra os métodos islâmicos tradicionais para abater animais, mas temeu esbarrar na sensibilidade dos judeus suíços, e se voltou então contra os minaretes, eleitos como alvo mais adequado.

Todos os países europeus escolhem símbolos ou temas específicos por meio dos quais os muçulmanos locais são perseguidos. Na França, é o lenço ou a burca; na Alemanha são as mesquitas; na Grã-Bretanha, a violência; na Dinamarca, os quadrinhos; na Holanda, o homossexualismo - e assim por diante. É importante enxergar além desses símbolos e compreender o que está de fato acontecendo na Europa como um todo e na Suíça em particular: enquanto países europeus e seus cidadãos passam por uma crise de identidade real e profunda, a nova visibilidade dos muçulmanos europeus se mostra problemática - e assustadora.

No exato momento em que os europeus perguntam a si mesmos, num mundo globalizado e migratório, "quais são nossas raízes?", "quem somos nós?", "como será nosso futuro?'', eles veem a seu redor novos cidadãos, novas tonalidades de pele, novos símbolos aos quais não estão acostumados.

Ao longo das duas últimas décadas o Islã foi associado a tantos debates controvertidos - violência, extremismo, liberdade de expressão, discriminação de gêneros, casamento forçado, para citar apenas alguns - que se tornou difícil para os cidadãos comuns encarar essa nova presença muçulmana como algo positivo. Há muito medo, e a desconfiança é palpável. Quem são eles? O que querem? As perguntas recebem dose extra de suspeita quando é enunciada a ideia de um Islã como religião expansionista. Será que essas pessoas querem islamizar nosso país?

A campanha contra os minaretes foi abastecida justamente por essas ansiedades e alegações. Eleitores foram atraídos para essa causa por uma manipulação apelativa dos temores e das emoções populares. Cartazes mostravam uma mulher de burca com os minaretes desenhados como armas sobre uma bandeira colonial suíça. Foi dito que o Islã é fundamentalmente incompatível com os valores suíços (no passado, a UDC exigiu a revogação de minha cidadania porque eu defendia os valores islâmicos de maneira excessivamente aberta). Sua estratégia de mídia foi simples, mas eficaz. Provocar a controvérsia onde quer que ela possa ser inflamada. Espalhar entre o povo suíço um sentimento de vitimização: estamos sob cerco, os muçulmanos estão nos colonizando em silêncio e estamos perdendo nossas raízes e nossa cultura. A estratégia funcionou. A maioria dos suíços está enviando uma mensagem clara a seus concidadãos muçulmanos: não confiamos em vocês, e para nós o melhor muçulmano é aquele que não vemos.

Quem deve levar a culpa? Há anos repito aos muçulmanos que eles devem se fazer positivamente visíveis, ativos e proativos dentro de suas respectivas sociedades ocidentais. Na Suíça, no decorrer dos últimos meses, os muçulmanos tentaram se esconder com o objetivo de evitar conflitos. Teria sido mais útil buscar a criação de novas alianças com todas as organizações e partidos políticos do país que se mostraram claramente contrários à iniciativa. Os muçulmanos suíços têm sua parcela de responsabilidade, mas deve-se acrescentar que os partidos políticos na Suíça e na Europa se tornaram covardes e tentam se distanciar de quaisquer medidas corajosas no sentido do pluralismo religioso e cultural. É como se os populistas definissem o tom e os demais simplesmente os seguissem. Eles se recusam a reconhecer que o Islã é hoje uma religião suíça e europeia. Que os cidadãos muçulmanos se mostram amplamente "integrados". Que encaramos desafios em comum, como o desemprego, a pobreza e a violência - desafios que precisamos enfrentar juntos. Não podemos culpar apenas aos populistas - trata-se de um fracasso mais amplo, uma falta de coragem, uma terrível e estreita falta de confiança nos seus novos cidadãos muçulmanos.

*Professor de estudos islâmicos contemporâneos na Universidade Oxford. Seu livro mais recente é What I Believe (Oxford USA Trade)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

01/12/2009 12.23.38



SUÍÇA: MUÇULMANOS CONDEMAM PLEBISCITO







Berna, 1º dez (RV) – O mundo muçulmano condena o voto dos suíços no referendo que proibiu a construção de minaretes em território helvécio. O voto é visto com uma manifestação de islamofobia, mas se registram também convites à moderação, por causa, certamente, das reações negativas do governo de Berna, do episcopado católico do país e de organismos como Anistia Internacional.

“O que é mais doloroso para nós – disse o coordenador da Organização islâmica na Suíça, Farhad Afshar – não é a proibição dos minaretes, mas o que indica esse voto, ou seja, que os muçulmanos não são aceitos como comunidade religiosa”.

No mundo islâmico registram-se reações fortes, como a do Grão-mufti do Egito, Ali Gomaa, para quem a proibição é “um insulto” aos muçulmanos de todo o mundo. “Não se trata - declarou Ali Gomaa à agência egípcia MENA – de um simples atentado à liberdade religiosa, mas é também um insulto aos sentimentos da comunidade muçulmana na Suíça e no mundo”.

Prevalecem, porém, aqueles que convidam à calma. Como é o caso de Maskuri Abdillah, chefe da Nahdlatul Ulama, a principal organização islâmica da Indonésia que falou de “ódio” e “intolerância”, enquanto o voto, a seu ver, “é um sinal de ódio dos suíços para com os muçulmanos. Porém Abdillah convidou os muçulmanos do seu país a reagirem “mostrando a eles tolerância e a sua adesão à liberdade de culto”.

Na mesma linha, o secretário geral da Organização da Conferência Islâmica, Ekmeleddin Ihsanoglu, que se disse confiante que os suíços saberão “tomar a melhor decisão” e abolir a proibição. (SP)

http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=338623

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

ESTADÃO COMENTA

segunda-feira, 30 de novembro de 2009, 12:13 | Online

Países criticam Suíça por proibir construção de minarete

AE - Agencia Estado


GENEBRA - Aprovada na Suíça ontem em referendo, a proibição de construir novos minaretes no país foi condenada por nações de maioria muçulmana e também na Europa como uma mostra de intolerância. "É uma expressão de um pouco de preconceito e talvez mesmo de medo, mas está claro que é um sinal negativo de todo modo, não há dúvida disso", afirmou o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt. A Suécia mantém a presidência rotativa da União Europeia (UE). Minarete é uma pequena torre de mesquita, de três ou quatro andares e balcões salientes, de onde se anuncia aos muçulmanos a hora das orações.



O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, qualificou a medida como "uma expressão de intolerância, e eu detesto intolerância". O chefe do maior grupo muçulmano da Indonésia, Maskuri Abdillah, disse que o voto refletiu "um ódio do povo suíço contra as comunidades muçulmanas". O mufti Ali Gomaa, funcionário do governo do Egito encarregado de interpretar a lei islâmica, denunciou a proibição aos minaretes como "um insulto" aos muçulmanos e "um ataque à liberdade de crenças".



No referendo de ontem, 57,5% dos suíços votaram para proibir constitucionalmente a construção de minaretes. A emenda constitucional proíbe apenas a construção de minaretes, e não a de mesquitas nem a liberdade religiosa. A Suíça tem apenas quatro minaretes, que não têm permissão para transmitir o chamado para as preces, além de aproximadamente 200 mesquitas, segundo dados oficiais.



Os muçulmanos são 5% da população suíça, de 7,5 milhões de pessoas. Eles são o terceiro maior grupo religioso do país, atrás de católicos romanos e denominações protestantes. A estimativa, porém, é que apenas 50 mil muçulmanos no país sejam praticantes. As informações são da Dow Jones. 
 
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,paises-criticam-suica-por-proibir-const

CHOQUE

Ministra suíça das Relações Exteriores "chocada" com vitória do "sim"

2009-11-29

A ministra suíça das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, manifestou-se hoje, domingo, "chocada" com a vitória folgada do "sim" no referendo sobre a proibição de minaretes nas mesquitas do país, iniciativa da direita nacionalista.
"Estou chocada, lamento-o profundamente. Eu penso que este resultado é um sinal de alarme, um sentimento de apreensão, de auto-defesa dos cidadãos num contexto mundial globalizado e de uma crise económica", afirmou a ministra em entrevista a quatro agências de informação.
Cinquenta e sete por cento dos votantes no referendo votaram este domingo pela proibição da construção de minaretes, com apenas quatro cantões nos 26 que integram a Confederação a rejeitaram a proposta apoiada pelo partido UDC, da direita populista, e pelo pequeno partido cristão de direita UDF.  
"Ficará proibida a construção de mesquitas com minaretes. As quatro existentes na Suíça que os têm continuarão assim, poderão construir-se novas mesquitas mas sem eles, e os muçulmanos poderão continuar a rezar à sexta-feira", afirmou a ministra suíça.  
Para Calmy-Rey, o resultado espelha uma "instrumentalização muito bem feita" pela direita nacionalista suíça dos medos e preconceitos em relação à minoria muçulmana.  
Também "terá desempenhado o seu papel" a crise diplomática corrente entre Berna e a Líbia, que mantém presos dois cidadãos suíços há mais de um ano, adiantou.  
Agora, adiantou, o governo vai "reforçar o diálogo com a comunidade muçulmana", pois "a paz religiosa é um elemento essencial do êxito da imagem da Suíça".  
Referiu ainda que foram já dadas instruções aos embaixadores suíços para que expliquem a todos os países islâmicos o que aconteceu, com base no "princípio da democracia directa" suíça, onde quase todas as decisões são sujeitas a referendo popular.  
Entre os principais partidos políticos suíços, a apreensão é geral, e os Verdes já anunciaram que vão recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Estrasburgo, para que invalide o resultado deste referendo, que consideram inconstitucional.  
Também a Conferência Episcopal suíça lamentou o resultado, e o seu secretário-geral, Felix Gmür, afirmou tratar-se de "um duro golpe contra a liberdade religiosa e a integração".  
"O Concelho Vaticano II diz claramente que é lícito que todas as religiões construam edifícios religiosos, e os minaretes são edifícios religiosos", afirmou.  
Também a União Patronal suíça considerou o resultado contrário "à liberdade religiosa e vexatória para os muçulmanos".
A Amnistia Internacional (AI) declarou-se este domingo "consternada" com o resultado, afirmando que "a proibição total de construir minaretes representa uma violação da liberdade de religião, incompatível com as convenções subscritas pela Suíça".
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1434232

SUIÇA EM RETROCESSO

Os suíços aprovaram a proibição da construção de minaretes nas mesquitas.
Mais de 57% dos eleitores votaram sim no referendo que, este domingo, lhes perguntava se eram a favor do fim da construção das torres. A consulta popular foi uma iniciativa do partido ultraconservador UDC, alegando que as torres das mesquitas são um “símbolo da intolerância islâmica”. Oskar Freysinger, deputado UDC, explica que a medida não pretende interferir com a liberdade de culto. “Mas o minarete é um símbolo acessório que deve ficar na esfera privada, para não haver uma interferência entre os dogmas e o direito”, defende. Opinião contrária da maior parte dos partidos helvéticos, como os Liberais-Radicais. Olivier Français, deputado do PLR, explica: “Espero que haja serenidade amanhã e nos próximos dias porque haverá muitas emoções nas diferentes comunidades, tanto ao nível nacional como internacional. Mas a nossa Constituição Federal confere a todos a liberdade religiosa e há que respeitá-la.” A Suíça conta com 400 mil muçulmanos. A proibição de minaretes é vista como um rude golpe na liberdade de culto. “É um resultado que temos de digerir durante algum tempo. Mas vamos digeri-lo tal como o fizemos com outras coisas e vamos sobreviver”, sublinha uma mulher muçulmana. Os muçulmanos são a terceira comunidade religiosa no país, a seguir aos católicos e aos protestantes. Das 180 mesquitas na Suíça, apenas quatro têm minaretes. O governo e o parlamento tinham criticado a iniciativa, afirmando ser contrária à Constituição, que reconhece a liberdade religiosa e a tolerância. Os Verdes já disseram que vão apresentar um recurso no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo, contra o resultado do referendo.
Copyright © 2009 euronews


http://pt.euronews.net/2009/11/29/suicos-dizem-nao-aos-minaretes/

sábado, 28 de novembro de 2009

ACONTECE NA BOLIVIA



O mundo continua girando. Gira e volta e vem e vai. Todos respeitam as ideias dos demais, mas só quando essas ideias são iguais. É como se fosse um Voltaire às avessas: “Podes dizer tudo o que pensas, desde que concordes comigo”. As religiões não são diferentes, como sempre. Sempre querem liberdade religiosa e de comportamento; DESDE QUE, a religião e a prática seja a da religião do “defensor”. Um exemplo que ilustra bem isso é a inauguração de um hospital em La Paz, Bolívia, que é financiado pelo governo iraniano. Lá, as funcionárias foram vistas usando hijabs, o véu muçulmano......

ACONTECE NA SUIÇA

Os suíços votam, em referendo, a proibição de constuir mais mesquitas com minaretes em território helvético.
No próximo domingo, vai decidir-se a alteração da Constituição Helvética nesse sentido, nomeadamente do artigo 72°, que garante a liberdade das diferentes comunidades religiosas da confederação.
A direita conservadora e populista, UDC e Partido Suíço do Povo, SPP, fez a proposta.
É a primeira vez que um país europeu vota directamente a questão da visibilidade do Islão. Mas, depois de meses e meses de debate, a pergunta arquitectural tornou-se uma controvérsia política.
O Islão é a segunda religião do país. Tem mais de 310.000 muçulmanos que vivem na Suíça, ou seja, 4,3% da população. A grande maioria vem dos Balcãs e pouco pratica.
Há 200 salas de orações na Confederação mas só quatro têm minarets. Foram planeados mais dois, em Will e Langenthal.
O SPP multiplicou as campanhas com imagens provocadoras, em que os minaretes aparecem como mísseis apontados aos Suíços.
Para a direita populista, o minarete não tem nada ver com a religião. É o símbolo de uma reivindicação de poder que, em nome da liberdade religiosa, contesta os direitos fundamentais.
É o prelúdio à introdução da sharia – a lei islâmica, aos crimes de honra ou à opressão das mulheres.
Walter Wobmann, da direita, explica o ponto de vista:
“ Os minaretes simbolizam o poder, o início da islamização. A segunda etapa será o Muezzim (que ecoa dos minaretes o anúncio das cinco preces), e em seguida, a Sharia. Aqui na Suíça, não queremos isso”.
As associações de defesa dos Direitos do Homem recordam que a proposta de proibir a construção de minaretes viola a liberdade de religião.
O governo federal opunha-se a esta proibição, que pode abrir uma brecha nas leis anti-discriminação.
Uma opinião partilhada pelo Presidente do Conselho suíço das religiões e do Conselho da Federação das Igrejas protestantes da Suíça:
“ Esta campanha contra os minaretes é perigosa porque afirma que as diferentes religiões não podem viver juntas e que devem bater-se entre elas. Mas devemos aproximar-nos. Devemos aprender a falar uns e outros e esse é o verdadeiro desafio”.
As últimas sondagens anunciam uma derrota antiminaretes no domingo, mas apontam para um sim de dois por cento à proibição.
O governo suíço e os principais grupos de interesse no país opuseram-se à proibição. Recordam a tolerância suíça mas também não esquecem o comércio.
A interdição da construção pode radicalizar os muçulmanos e ter um impacto importante nas exportações suíças para o Médio Oriente. Como aconteceu com as caricaturas de Maomé na Dinamarca…
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

GARANTIAS A LIBERDADE DE CRENÇA E EXERCÍCIO DE CULTO

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Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos


Regula o Direito de Representação e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de autoridade.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
        Art. 1º O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente lei.
        Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de petição:
        a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção;
        b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada.
        Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, se as houver.
        Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
        a) à liberdade de locomoção;
        b) à inviolabilidade do domicílio;
        c) ao sigilo da correspondência;
        d) à liberdade de consciência e de crença;
        e) ao livre exercício do culto religioso;
        f) à liberdade de associação;
        g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;
        h) ao direito de reunião;
        i) à incolumidade física do indivíduo;
        j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. (Incluído pela Lei nº 6.657,de 05/06/79)
        Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
        a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder;
        b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;
        c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa;
        d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada;
        e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei;
        f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor;
        g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa;
        h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal;
        i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. (Incluído pela Lei nº 7.960, de 21/12/89)
        Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.
        Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.
        § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:
        a) advertência;
        b) repreensão;
        c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;
        d) destituição de função;
        e) demissão;
        f) demissão, a bem do serviço público.
        § 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do dano, consistirá no pagamento de uma indenização de quinhentos a dez mil cruzeiros.
        § 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Código Penal e consistirá em:
        a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;
        b) detenção por dez dias a seis meses;
        c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três anos.
§ 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
art. 7º recebida a representação em que for solicitada a aplicação de sanção administrativa, a autoridade civil ou militar competente determinará a instauração de inquérito para apurar o fato.
§ 1º O inquérito administrativo obedecerá às normas estabelecidas nas leis municipais, estaduais ou federais, civis ou militares, que estabeleçam o respectivo processo.
§ 2º não existindo no município no Estado ou na legislação militar normas reguladoras do inquérito administrativo serão aplicadas supletivamente, as disposições dos arts. 219 a 225 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União).
§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil.
Art. 8º A sanção aplicada será anotada na ficha funcional da autoridade civil ou militar.
Art. 9º Simultaneamente com a representação dirigida à autoridade administrativa ou independentemente dela, poderá ser promovida pela vítima do abuso, a responsabilidade civil ou penal ou ambas, da autoridade culpada.
Art. 10. Vetado
Art. 11. À ação civil serão aplicáveis as normas do Código de Processo Civil.
Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial ou justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a representação da vítima do abuso.
Art. 13. Apresentada ao Ministério Público a representação da vítima, aquele, no prazo de quarenta e oito horas, denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abuso de autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a designação de audiência de instrução e julgamento.
§ 1º A denúncia do Ministério Público será apresentada em duas vias.
Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade houver deixado vestígios o ofendido ou o acusado poderá:
a) promover a comprovação da existência de tais vestígios, por meio de duas testemunhas qualificadas;
b) requerer ao Juiz, até setenta e duas horas antes da audiência de instrução e julgamento, a designação de um perito para fazer as verificações necessárias.
§ 1º O perito ou as testemunhas farão o seu relatório e prestarão seus depoimentos verbalmente, ou o apresentarão por escrito, querendo, na audiência de instrução e julgamento.
§ 2º No caso previsto na letra a deste artigo a representação poderá conter a indicação de mais duas testemunhas.
Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia requerer o arquivamento da representação, o Juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da representação ao Procurador-Geral e este oferecerá a denúncia, ou designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la ou insistirá no arquivamento, ao qual só então deverá o Juiz atender.
Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo fixado nesta lei, será admitida ação privada. O órgão do Ministério Público poderá, porém, aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva e intervir em todos os termos do processo, interpor recursos e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de quarenta e oito horas, proferirá despacho, recebendo ou rejeitando a denúncia.
§ 1º No despacho em que receber a denúncia, o Juiz designará, desde logo, dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, que deverá ser realizada, improrrogavelmente. dentro de cinco dias.
§ 2º A citação do réu para se ver processar, até julgamento final e para comparecer à audiência de instrução e julgamento, será feita por mandado sucinto que, será acompanhado da segunda via da representação e da denúncia.
Art. 18. As testemunhas de acusação e defesa poderão ser apresentada em juízo, independentemente de intimação.
Parágrafo único. Não serão deferidos pedidos de precatória para a audiência ou a intimação de testemunhas ou, salvo o caso previsto no artigo 14, letra "b", requerimentos para a realização de diligências, perícias ou exames, a não ser que o Juiz, em despacho motivado, considere indispensáveis tais providências.
Art. 19. A hora marcada, o Juiz mandará que o porteiro dos auditórios ou o oficial de justiça declare aberta a audiência, apregoando em seguida o réu, as testemunhas, o perito, o representante do Ministério Público ou o advogado que tenha subscrito a queixa e o advogado ou defensor do réu.
Parágrafo único. A audiência somente deixará de realizar-se se ausente o Juiz.
Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada o Juiz não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de termos de audiência.
Art. 21. A audiência de instrução e julgamento será pública, se contrariamente não dispuser o Juiz, e realizar-se-á em dia útil, entre dez (10) e dezoito (18) horas, na sede do Juízo ou, excepcionalmente, no local que o Juiz designar.
Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a qualificação e o interrogatório do réu, se estiver presente.
Parágrafo único. Não comparecendo o réu nem seu advogado, o Juiz nomeará imediatamente defensor para funcionar na audiência e nos ulteriores termos do processo.
Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o perito, o Juiz dará a palavra sucessivamente, ao Ministério Público ou ao advogado que houver subscrito a queixa e ao advogado ou defensor do réu, pelo prazo de quinze minutos para cada um, prorrogável por mais dez (10), a critério do Juiz.
Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferirá imediatamente a sentença.
Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão lavrará no livro próprio, ditado pelo Juiz, termo que conterá, em resumo, os depoimentos e as alegações da acusação e da defesa, os requerimentos e, por extenso, os despachos e a sentença.
Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o representante do Ministério Público ou o advogado que houver subscrito a queixa, o advogado ou defensor do réu e o escrivão.
Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte forem difíceis e não permitirem a observância dos prazos fixados nesta lei, o juiz poderá aumentá-las, sempre motivadamente, até o dobro.
Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as normas do Código de Processo Penal, sempre que compatíveis com o sistema de instrução e julgamento regulado por esta lei.
Parágrafo único. Das decisões, despachos e sentenças, caberão os recursos e apelações previstas no Código de Processo Penal.
Art. 29. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 9 de dezembro de 1965; 144º da Independência e 77º da República.
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 13.12.1965

terça-feira, 24 de novembro de 2009

DEUS ORGANIZA O BEM E DESORGANIZA O MAL

A BASE DA SOCIEDADE MUÇULMANA  É CRER EM DEUS , FAZER O BEM E INIBIR O MAL , Subjulgar o mal , é questão de cumprir as orações , fé nas orientações infalíveis de Deus , paciência , ordem , disciplina e determinação para mudar . (Andre Marques Recacho).

INQUISIÇÃO A VERGONHA CATÓLICA EXEMPLOS PARA TODAS AS RELIGIÕES

Inquisição

Poder e política em nome de Deus

Auto de Fé - Itália - século XIV
Por Liliane Pinheiro da Luz

A Inquisição é tema que não se esgota. Instituída em 1232  pelo papa Gregório IX ela vigorou até 1859, quando o papado extinguiu definitivamente o Tribunal do Santo Ofício. Portanto, funcionou durante longos seis séculos. Devido a esta complexidade é que se optou por explorar o campo do confisco dos bens dentro do Tribunal do Santo Ofício, instituição  que tão bem se utilizou do  poder para  manter-se viva no seio da sociedade durante um longo período histórico. Entretanto, o assunto em questão aparece em todos os momentos da atuação do Santo Ofício, ficando por demais difícil fazer uma boa análise dentro de um período tão longo. Devido a isto delimitei um pouco mais meu campo de atuação e me restringi ao solo português, tentando entender a questão de forma mais precisa. A Inquisição em Portugal foi instituída em 1536, nos moldes medievais sob a liderança do poder régio. Diferentemente da Inquisição medieval, que possuía como objetivo maior o combate às heresias, a Inquisição portuguesa era comandada pelo rei que centralizava, fortificava e solidificava seu poder através do confisco dos bens. Afinal alguém teria que manter tão complexa estrutura. O alvo maior em solo lusitano era o cristão-novo, judeus convertidos a fé cristã, que a Inquisição julgava manter seus ritos judaicos secretamente. Acusados de profanar as hóstias e desvirtuar muitos cristãos do caminho de Deus, esse povo pagou com a vida e com seus bens a manutenção do equilíbrio do reino. Ë bem verdade que antes da Inquisição se oficializar em terras portuguesas os judeus tiveram proteção e abrigo em troca de alguns tributos especiais do próprio Estado, mas isso só durou enquanto isso trazia algum benefício ao poder régio. Instaurada a Inquisição era preciso que se tivesse hereges a serem perseguidos e nada mais cômodo do que unir o útil ao agradável, ter quem se queimasse na fogueira deixando todos seus bens para a santa madre igreja. É claro que a fórmula não é tão simplista assim, mas devido as circunstâncias tudo leva a crer que abusos dessa ordem eram cometidos, pois quando da instalação da Inquisição em solo lusitano, tentou se conter abusos no tocante ao confisco de bens. Tanto que pela bula de 23 de maio de 1536, a qual instituí o Tribunal do Santo Ofício em Portugal, se determinava que não deveria haver confisco de bens em todo o território por pelo menos dez anos. Em 1576, nova tentativa de se conter abusos decretando-se que seria excomungado aquele que tomasse os bens de judeus confiscados pelo poder da Inquisição. Neste sentido, pode-se dizer que se havia leis e decretos tentando coibir a ação da Inquisição sobre os bens de seus condenados é porque os abusos existiam e muitos foram os sacrificados em favor da permanência do poder régio e eclesiástico. O presente estudo teve como fonte histórica o Manual dos Inquisidores, obra escrita em 1376 por Nicolau Eymerich e revisado em 1576 por Francisco de la Peña. A obra se delimita a ação do Santo Ofício, esclarecendo o funcionamento, a estrutura e a atuação da Inquisição sob os auspícios da Igreja católica. A importância deste  manual para o presente estudo se funda na questão do confisco de bens que, pelo que se pode perceber muito bem, era praticado desde a gênesi da Inquisição. Sob a luz do conhecimento histórico, iluminado pelas luzes da fonte escolhida é que se propôs estudar o confisco de bens em terras lusitanas, tema de fundamental importância para entender a dinâmica do próprio Brasil colonial, pois afinal o nosso país é de posse portuguesa neste momento histórico. Essa pesquisa é pano de fundo para estudos futuros que pretendem desenvolver uma análise sobre a atuação da Inquisição lusitana em solo brasileiro. Pois ao que tudo indica a Inquisição via tudo e estava em todos sos lugares, tal qual Deus vigia seus fiéis a cada instante do dia.

  • Em Nome de Deus
Antes da Inquisição Surgir
O Tribunal de Deus
O Tormento
A Festa da Morte: O Auto-de-Fé
  • A Cabala da Inquisição
O Cofre de Deus
Directorium Inquisitorum: O Manual dos Inquisidores
O Confisco de Bens e o Manual dos Inquisidores
  • O Reinado do Dinheiro
Em nome do Poder
A Inquisição em terras lusitanas
Os Hereges
O Pecado: a usura


"Não permitirás que viva uma feiticeira".
(Êxodo – Cap. XXII – Versículo XVIII)

No século IV, quando o Cristianismo se propagava, a Igreja Católica havia tomado santuários e templos sagrados de povos pagãos, para implantar sua religiosidade e erigir suas igrejas. Nos primórdios do Catolicismo, acreditavam que os pagãos continuariam a freqüentar estes lugares sagrados para reverenciarem seus Deuses. Mas com o passar do tempo, assimilariam o cristia- nismo substituindo o paganismo, através da anulação.
Mesmo assim, por toda a parte, havia uma constante veneração às divindades pagãs. Ao longo dos séculos, a estratégia da Igreja Católica não funcionou, e através da Inquisição, de uma forma ensandecida e sádica, as autoridades eclesiásticas tentaram apagar de uma vez por todas a figura da Grande Deusa Mãe, como principal divindade cultuada sobre todos os extremos da Terra. O Catolicismo medieval transfor- mou o culto à Grande Deusa Mãe, num culto satânico, promo- vendo uma campanha de que a adoração dos deuses pagãos era equivalente à servidão a satã.
Inquisição é o ato de inquirir, isto é, indagar, investigar, interrogar judicialmente. No caso da Santa Inquisição, significa "questionar judicialmente aqueles que, de uma forma ou de outra, se opõem aos preceitos da Igreja Católica". Dessa forma, a Santa Inquisição, também conhecida como Santo Ofício, foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade "oficial" de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Na prática, os pagãos representavam uma constante ameaça à autoridade clerical e a Inquisição era um recurso para impor à força a supremacia católica, exterminando todos que não aceitavam o cristianismo nos padrões impostos pela Igreja. Posteriormente, a Santa Inquisição passou a ser utilizada também como um meio de coação, de forma a manipular as autoridades como meio de obter vantagens políticas.
A caça às bruxas
A Santa Inquisição teve seu início no ano de 1184, em Verona, com o Papa Lúcio III. Em 1198, o Papa Inocêncio III já havia liderado uma cruzada contra os albigenses (hereges do sul da França), promovendo execuções em massa. Em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad Exstirpanda, que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges. O Ad Exstirpanda foi renovado e reforçado por vários papas nos anos seguintes. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao cristianismo.
Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada.
Os inquisidores deveriam ter no mínimo 40 anos de idade. Sua autoridade era outorgada pelo Papa através de uma bula, que também podia incumbir o poder de nomear os inquisidores a um Cardeal representante, bem como a padres e frades franciscanos e dominicanos. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão em caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. Camponeses eram incentivados (ludibriados com a promessa de ascenderem ao reino divino ou através de recompensas financeras) a cooperarem com os inquisidores. A caça às Bruxas tornou-se muito lucrativa.
Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura, obrigados a confessarem sua condição herética. As mulheres, que eram a maioria, comumente eram vítimas de estupro. A execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores. Punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. A vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada.
Malleus Maleficarum
Em 1486 foi publicado um livro chamado Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas) escrito por dois monges dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger. O Malleus Maleficarum é uma espécie de manual que ensina os inquisidores a reconhecerem as bruxas e seus disfarces, além de identificar seus supostos malefícios, investigá-las e condená-las legalmente. Além disso, também continha instruções detalhadas de como torturar os acusados de bruxaria para que confessassem seus supostos crimes, e uma série de formalidades para a execução dos condenados. Ainda, o tratado afirmava que as mulheres deveriam ser as mais visadas, pois são naturalmente propensas à feitiçaria. O livro foi amplamente usado por supostos "caçadores de bruxas" como uma forma de legitimar suas práticas.
Alguns itens contidos no Malleus Maleficarum que tornavam as pessoas vulneráveis à ação da Santa Inquisição:
  • Difamação notória por várias pessoas que afirmassem ser o acusado um Bruxo.
  • Se um Bruxo desse testemunho de que o acusado também era Bruxo.
  • Se o suspeito fosse filho, irmão, servo, amigo, vizinho ou antigo companheiro de um Bruxo.
  • Se fosse encontrada a suposta marca do Diabo no suspeito.
Hecatombe
Gradativamente, contando com o apoio e o interesse das monarquias européias, a carnificina se espalhou por todo o continente. Para que se tenha uma idéia, em Lavaur, em 1211, o governador foi enforcado e a esposa lançada num poço e esmagada com pedras; além de quatrocentas pessoas que foram queimadas vivas. No massacre de Merindol, quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo. Os julgamentos em Toulouse, na França, em 1335, levaram diversas pessoas à fogueira; setecentos feiticeiros foram queimados em Treves, quinhentos em Bamberg. Com exceção da Inglaterra e dos EUA, os acusados eram queimados em estacas. Na Itália e Espanha, as vítimas eram queimadas vivas. Na França, Escócia e Alemanha, usavam madeiras verdes para prolongar o sofrimento dos condenados. Ainda, a noite de 24 de agosto de 1572, que ficou conhecida como "A noite de São Bartolomeu", é considerada "a mais horrível entre as ações inquisidoras de todos os séculos". Com o consentimento do Papa Gregório XIII, foram eliminados cerca de setenta mil pessoas em apenas alguns dias.
Além da Europa, a Inquisição também fez vítimas no continente americano. Em Cuba iniciou-se em 1516 sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que eliminou setenta e cinco hereges. Em 1692, no povoado de Salem, Nova Inglaterra (atual E.U.A.), dezenove pessoas foram enforcadas após uma histeria coletiva de acusações. No Brasil há notícias de que a Inquisição atuou no século XVIII. No período entre 1721 e 1777, cento e trinta e nove pessoas foram queimadas vivas.
No século XVIII chega ao fim as perseguições aos pagãos, sendo que a lei da Inquisição permaneceu em vigor até meados do século XX, mesmo que teoricamente. Na Escócia, a lei foi abolida em 1736, na França em 1772, e na Espanha em 1834. O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoas foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a perseguição.
Por Spectrum

Texto Complementar:




A Verdadeira Face da Inquisição - Fruto Espiritual Podre Proveniente do Poço do Abismo

Como os livros de história foram em grande parte reescritos, de forma a amenizar os fatos reais, poucas pessoas conhecem os detalhes específicos de uma campanha nefanda que em 1200 anos torturou e matou dezenas de milhões de pessoas. Depois de compreender os horrores da Inquisição, você nunca mais verá o catolicismo romano da mesma forma novamente.
A Nova Ordem Mundial está chegando! Você está preparado?
Compreendendo o que realmente é essa Nova Ordem Mundial, e como está sendo implementada gradualmente, você poderá ver o progresso dela nas notícias do dia a dia!!
Aprenda a proteger a si mesmo e aos seus amados!
Após ler nossos artigos, você nunca mais verá as notícias da mesma forma.
Agora você está na
"THE CUTTING EDGE"


A Inquisição Católica Romana foi uma das maiores desgraças que ocorreram na história da humanidade. Em nome de Jesus Cristo, sacerdotes católicos montaram um esquema enorme para matar todos os "hereges" na Europa. A heresia era definida da forma como Roma quisesse definir; isso abrangia desde pessoas que discordavam da política oficial, aos filósofos herméticos (praticantes de Magia Negra), judeus, bruxas, e os reformadores protestantes.
Chacinar os inimigos é claramente fruto espiritual podre. Durante a primeira parte de seu ministério, Jesus Cristo foi abordado por dois de seus discípulos - Tiago e João - que tinham acabado de voltar da pregação da mensagem do evangelho por todo o Israel. Esses dois discípulos estavam aborrecidos, porque algumas cidades inteiras tinham recusado ouvir sua mensagem; eles perguntaram ao Senhor:
"Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?" [Lucas 9:54]
Jesus Cristo ficou horrorizado e respondeu:
"Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las." [Lucas 9:55-56]
Vamos repetir essa frase pertinente: "o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens".
Em nenhum lugar nas Sagradas Escrituras Jesus matou alguém que discordasse dele, tampouco ensinou que seus seguidores fizessem isso. Nenhum dos apóstolos deu essa instrução à igreja mais tarde no Novo Testamento.
Em outra passagem, Jesus Cristo anuncia o tipo de espírito suave que oferece ao mundo. Veja:
"Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." [Mateus 11:29-30]
Nosso precioso Salvador nunca ordenou que alguém seja morto por qualquer razão, especialmente por dureza de coração contra sua mensagem, ou por discordar dele em questões espirituais. No entanto, os pagãos regularmente partem para a matança de seus adversários, normalmente com grande gosto e dureza de coração. Em tais matanças, o assassinato não é o bastante; antes que a vítima morra, os pagãos gostam de infligir a máxima dor em suas vítimas. Os praticantes de Magia Branca e Negra acreditam que a dor infligida antes da morte transfere grande poder ocultista para eles, de modo que tentam prolongar a morte de uma pessoa enquanto for possível, infligindo a máxima dor antes que a morte ocorra. Os hábeis executores da Inquisição levavam a vítima ao ponto da morte muitas vezes, e depois paravam a tortura, de forma que a vítima revivesse e depois pudesse ser torturada novamente.
Portanto, a monstruosidade da Inquisição está diante a humanidade como a maior evidência do satanismo inerente da Igreja Católica Romana. Aqueles que tiverem a coragem para examinar esse "fruto podre" final, verão a verdade da Igreja Católica. E não pense que Roma mudou, porque a Bíblia nos diz que um leopardo não muda suas manchas (Jeremias 13:23), e Roma se orgulha de que nunca muda. Uma prova concreta desse fato é que o papa Paulo VI (1963-1978) restaurou o Ofício da Inquisição, renomeado agora como Congregação para a Doutrina da Fé. Hoje, esse nefando Ofício da Inquisição é controlado pelo cardeal Ratzinger.
Por que o papa Paulo VI reinstituiu o Ofício da Inquisição? Será se ele sabe que o Ofício logo poderá ser necessário outra vez? Com todas as profecias sobre o aparecimento do Anticristo ocorrendo quase em conjunto, exatamente como Jesus ratificou (Mateus 24:32-34), o tempo deve ter parecido apropriado para Paulo VI reinstituir esse Ofício sangüinário, pois mesmo apesar de a Inquisição original ter matado dezenas de milhões em 1200 anos, a profecia bíblica nos diz que o Falso Profeta matará bilhões de pessoas em três anos e meio! Visto que o papa católico romano foi escolhido como o futuro Falso Profeta (leia os artigos N1094 e N1519), faz sentido que o Ofício de Inquisição seja reinstalado.

Verdade Arrojada Ou Camuflagem de Sensibilidade?

Lutamos com os detalhes da Inquisição que descobrimos, pois temíamos que ao escrever de forma a expor completamente a barbaridade e a natureza anticristã da Inquisição Católica Romana, poderíamos escandalizar nossos maravilhosos leitores cristãos; temíamos que precisaríamos escrever e mostrar gravuras que ofenderiam as sensibilidades cristãs, para expor completamente a terrível, e freqüentemente pornográfica, verdade. Essa era uma ação que não desejávamos tomar.
Lendo livros de 50-150 anos atrás, vemos autores cristãos lutando com essa mesma questão; eles decidiram "sanear" a verdade de forma a não ofender a sensibilidade cristã. Portanto, seus livros escondem o horror verdadeiro da Igreja Católica Romana! Neste fim dos tempos, em que o Anticristo está aparentemente próximo, e em que o Falso Profeta já foi escolhido e é o papa, e quando as igrejas protestantes liberais estão se tornando íntimas da própria besta que matou um número estimado de até 75 milhões de protestantes, concluímos que chegou o tempo de "tirar fora as viseiras de sensibilidade". Citaremos documentos católicos exatamente como eles foram impressos, para que você possa ver a verdadeira face dessa besta que matou entre 75-100 milhões de pessoas ao longo de 1200 anos; se você acha que ficará ofendido, não leia o restante deste artigo (fique seguro de que não exibiremos imoralidade grosseira, pois já filtramos isso).
Apresentamos aqui uma extensa exposição sobre a verdadeira face da prática católica romana de adoração ocultista sob a máscara de cristianismo. No fim deste artigo, você verá como é possível que os escândalos sexuais atuais de padres pedófilos puderam ocorrer e ser ocultados pela hierarquia eclesiástica. Você verá quão duro de coração um sacerdote tinha de ser para ameaçar suas paroquianas com a Inquisição se elas se recusassem a fazer sexo com ele; verdadeiramente, tal sacerdote tinha uma "consciência cauterizada por um ferro quente", e representava a maioria dos sacerdotes católicos.
Esta é a face de Roma.

As Mulheres Penitentes Eram Ameaçadas Com a Inquisição se Não Fizessem Sexo Com o Sacerdote

No artigo N1675 (não traduzido), revelamos que os padres ameaçavam suas penitentes no confessionário que, a menos que fizessem sexo com eles, seriam entregues à Inquisição! Tão efetiva era essa ameaça que um sacerdote agonizante revelou em 1710 que "por essas persuasões diabólicas elas estavam ao nosso comando, sem medo de revelar o segredo." (pg 36, Master-Key to Popery, Padre Givens]
Visto que tão poucas pessoas hoje estudaram até mesmo os rudimentos de história, a maioria não sabe que a Inquisição foi REAL e VERDADEIRA. A maioria das pessoas hoje não tem nenhuma idéia do barbarismo flagrante e da tortura infligida sobre os infelizes habitantes da Europa durante 1200 anos! A maioria das pessoas não tem nenhuma idéia sobre como a população inteira foi consumida pelo medo, pois batidas na porta de alguém no meio da noite significavam o começo imediato de uma morte torturante nas mãos dos inquisidores.
A acusação era equivalente à culpa.
Portanto, se um sacerdote ameaçasse uma mulher dizendo que ele iria mentir sobre ela aos oficiais da "Santa" Inquisição, ela sabia o tipo de tortura e morte que a esperava. O sacerdote poderia provavelmente delatar a mulher aos inquisidores como bruxa. Como você verá em instantes, os inquisidores tratavam as mulheres acusadas de bruxaria com especial deleite, júbilo e atenção.
Neste tratado, tentamos andar em uma linha fina entre a modéstia cristã e o desejo ardente de que você conheça toda a verdade com relação à Inquisição. Visto que muitas das vítimas eram deixadas nuas e torturadas publicamente, ou deixadas nuas e estupradas privadamente, tivemos de omitir muitas gravuras que retratavam nudez; entretanto, incluímos um par de gravuras que, ainda que retratem a nudez da vítima, fazem isso de forma a não mostrar as partes sexuais do corpo. Esperamos que sua sensibilidade não fique ofendida. Se você achar que ela possa estar sendo ofendida, pare a leitura agora.

As Gravuras Contam a História da Inquisição

Muitas das vítimas eram simplesmente queimadas na estaca, como você pode ver aqui. Normalmente, essas execuções na fogueira eram realizadas em público, para que a população visse o que acontecia com aqueles que enfrentavam Roma. Entretanto, na maioria das vezes, as pessoas que eram queimadas em público, primeiro eram torturadas privadamente. Em toda a Europa, os reis e seus súditos sabiam que os torturadores do papa eram absolutamente os melhores; eles podiam forçar "confissões" por meio de técnicas de tortura hábeis e os reis sabiam que podiam contar com eles, caso seus homens não pudessem extrair as confissões. Veja, as confissões proviam a fina fachada de responsabilidade; o rei poderia mostrar a confissão de uma vítima ao público para convencê-lo que a tortura e a morte eram justificadas.
Um historiador secular - John J. Robinson - nos dá uma rápida e singular visão neste mundo papal tenebroso da tortura e do assassinato no ano de 1310. Escrevendo em seu livro, Born In Blood: The Lost Secrets of Masonry [Nascida em Sangue: Os Segredos Perdidos da Maçonaria], Robinson revela:
"Dois anos se passaram, e os Templários interrogados sem tortura não confessaram nada, constantemente reafirmando sua inocência... Em resposta a uma exigência papal que a tortura fosse empregada, o rei Eduardo replicou que ela nunca tinha desempenhado um papel na jurisprudência eclesiástica ou secular na Inglaterra, de modo que ele não tinha no reino nem mesmo pessoas qualificadas que soubessem como realizá-la. Exasperado, o papa Clemente V escreveu, advertindo Eduardo que ele devia considerar o destino de sua própria alma ao mofar dessa maneira das ordens diretas do vigário de Cristo na Terra, e dizendo que iria tentar somente mais uma vez, dando ao rei o benefício da dúvida. O papa estava despachando dez torturadores hábeis à Inglaterra sob a responsabilidade de dois experimentados dominicanos; agora Eduardo não teria mais desculpas... Diz alguma coisa da resolução do papa que ele separou tempo do seu ofício sagrado na véspera do Natal de 1310, para lidar com o problema dos prisioneiros templários. O presente de Natal dele ao povo inglês foi a introdução da tortura no sistema judicial do interrogatório." [pg 148]
Embora o imperador Constantino (ano 321) tenha iniciado a política de suprimir todas as pessoas e as doutrinas que não estavam em conformidade com o dogma oficial, a maioria dos estudiosos coloca o começo da Inquisição oficial com o papa Teodoro I (642-649), que iniciou a prática de mergulhar sua pena dentro de vinho consagrado antes de assinar a sentença de morte dos hereges. [The Magic of Obelisks, de Peter Thomkins, pg 55]
No livro Lives of the Popes, ficamos sabendo que o "vinho consagrado" com o qual o papa Teodoro I assinava esses mandados de morte era o vinho da eucaristia [McBrien, pg 105].
A Inquisição foi iniciada nesse período, e foi direcionada contra as heresias dos filósofos herméticos, isto é, os praticantes de Magia Negra da Europa. Nesta gravura, você pode ver o medo que a Inquisição gerava entre a população geral nas aldeias e nas cidades; os agentes da Inquisição entravam na cidade, armados com a bula papal que autorizava o líder das forças papais que tinham entrado na cidade. O representante principal do Vaticano caminhava até a praça central da cidade e, cercado por soldados fortemente armados, lia a declaração papal. Uma vez que a declaração tinha sido lida, os soldados começavam a prender os "hereges" - definidos como aqueles que discordam da Igreja de Roma. O dogma romano era o padrão, não a Bíblia Sagrada.
Exatamente como os pagãos sempre fizeram em todas as eras, os católicos romanos utilizaram a dor e tortura pelo puro pânico que espalham entre as pessoas. Na gravura a seguir, vemos um bispo católico tendo seus olhos arrancados para fora das órbitas por causa de alguma heresia da qual foi acusado e não se arrependeu. O vazamento dos olhos geralmente era aplicado nas pessoas cultas porque seu meio de vida e sua paixão na vida eram o estudo acadêmico. Depois que os olhos eram perfurados ou arrancados, essas pessoas ficavam destituídas e não podiam influenciar mais ninguém com sua "heresia". Verdadeiramente, esses aterrorizados aldeões logo descobriram que o jugo de Roma era pesado, horrível de ser carregado e terrivelmente opressor. O jugo suave do Salvador parecia uma memória distante, perdida nas névoas de muitos séculos, oculta pelo véu da Roma pagã.
Uma vez que os "hereges" eram presos e ajuntados no local escolhido para as execuções públicas, histeria pura tomava conta dos soldados do Vaticano, ao iniciarem a matança. Os ocultistas não têm nenhuma dificuldade em ver a influência pesada e penetrante das hordas demoníacas tomando esses soldados. Uma vez que começavam a matar, ficavam repentinamente fervilhando no puro poder dos demônios. O pastor Richard Wurmbrand, narrando suas observações pessoais durante as matanças comunistas na Rússia e na China escreveu:
"As revoluções não fazem o amor triunfar. Em vez disso, matar torna-se uma mania. Nas revoluções russa e chinesa, depois que os comunistas tinham assassinado dezenas de milhões de inocentes, não podiam parar de assassinar, e brutalmente matavam-se uns aos outros... O comunismo é uma forma de possessão demoníaca coletiva." ["Marx and Satan", Richard Wurmbrand, pg 107-108)
Os praticantes de Magia Negra podem confirmar para você que o período inteiro de 1200 anos da Inquisição representou o ápice da infestação demoníaca em toda a história européia. A "Santa" Inquisição foi "possessão demoníaca coletiva", como você verá após examinar o documento católico que justificou os 1200 anos de assassinato. Fique conosco, pois assim conhecerá a verdade.
O número de mortes foi incomensurável:
"E assim foi infligido no sul da França um dos mais ferozes massacres da história. Grupos de brigadas do norte pilhavam e saqueavam. Na Catedral de Saint-Nazaire, doze mil 'hereges' foram mortos... Aqueles que tentaram fugir foram cortados e mortos. Milhares mais foram queimados na estaca. Em Toulouse, o bispo Foulque levou à morte dez mil pessoas acusadas de heresia. Em Beziers, a população inteira de mais de vinte mil pessoas foi chacinada. Em Citeau, quando questionado sobre como os soldados deveriam distinguir os católicos dos cátaros gnósticos, o abade respondeu com seu cinismo afamado: 'Matem todos; Deus saberá quais são os seus'." [Thompkins, pg 58]
Não é segredo algum por que os soldados da Inquisição escolhiam queimar na estaca como um de seus métodos favoritos de execução. Satanás literalmente treme de medo ao pensar em seu destino final no Lago de Fogo. Durante este tempo, ele gosta de queimar tantas pessoas quanto puder na estaca. Ele verdadeiramente gostava de queimar os protestantes na estaca, por essa mesma razão.
Durante sacrifícios anuais, como os treze dias do Sacrifício à Besta - de 19 de abril a 1 de maio - os sacrifícios humanos devem ser pelo fogo, e devem produzir tanto terror humano quanto possível. Um sacrifício que é mais agradável ao Senhor Satanás contém os seguintes elementos, cada qual elevado ao mais alto nível possível:
  1. Trauma, tensão, e angústia mental, terror puro.
  2. O ato final do drama deve ser a destruição pelo fogo, preferivelmente uma conflagração.
  3. As pessoas devem morrer como sacrifícios humanos (assunto discutido no artigo N1347)
Depois que a matança começou, o Vaticano decidiu que o esforço era tão válido que precisava ser sistemático, não dependente totalmente dos líderes católicos locais. Nesse tempo, foi estabelecido o Ofício da Inquisição. Não apenas esse Ofício fornecia uma liderança central para a matança, mas também podia usar os recursos da Igreja Católica para melhor treinar os executores e, mais importante de tudo, treinar cuidadosamente homens sádicos selecionados para serem os melhores torturadores do mundo.
Embora a maior parte das execuções fosse realizada publicamente, a tortura para obter "confissões" era realizada em recintos secretos, normalmente em um calabouço em uma igreja, especificamente projetado para a tortura. Nesta gravura, vemos um homem pendurado por cordas amarradas atrás de suas costas, enquanto um oficial da Inquisição se prepara para torturar um prisioneiro usando uma tenaz quente que ele logo colocará na ponta dos dedos do pé do homem. No centro da gravura, um prisioneiro está deitado em uma padiola que está sendo puxada por cordas e correias para uma posição vertical, em que ele permanecerá por várias horas, sujeito a todo tipo de torturas feitas nos ouvidos, olhos, nariz e boca. Nessa posição, bem como no enforcamento que você vê no canto esquerdo superior, as juntas da pessoa podiam facilmente ser deslocadas, produzindo dores terríveis.
Como mencionamos anteriormente, a simples acusação equivalia a ser culpado de um crime. Nenhuma pessoa condenada saía ganhadora da causa, provando sua inocência e saindo livremente. Você pode ver este pobre homem acusado ante os padres que conduzem o espetáculo do julgamento. O crucifixo para o qual o frade está apontando está pendurando à direita do acusado, pois esses homens pensavam que suas atividades de tortura estavam realmente servindo e avançando o reino de Jesus Cristo.
Bem falou Jesus Cristo a respeito desses homens quando disse: "... vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus." [João 16:2]
Essa profecia descreve a Inquisição católica romana perfeitamente! Por 1200 anos, centenas de milhares de católicos leais torturaram e mataram dezenas de milhões de "hereges", pensando que estavam servindo ao Salvador por obedecer aos cruéis ditames do papa. Eles realmente pensaram que estavam fazendo "um serviço a Deus".
Então, Jesus Cristo nos diz por que esses homens podiam fazer tais coisas terríveis aos que criam no nome de Deus.
"E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim." [João 16:3]
Aí você tem, dos lábios do Salvador; esses pobres iludidos católicos levaram a cabo essas torturas horríveis porque nem eles, nem os bispos, cardeais e o papa conheceram a Jesus Cristo! Eles foram os falsos cristãos acerca de quem Jesus Cristo disse: "... tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão". [Apocalipse 13:11]
Falsos cristãos!
Nesta gravura, vemos uma das formas de tortura mais comuns. Este pobre homem foi amarrado com uma corda apertada em torno do pescoço e da cintura, que estão presos em uma tábua no formato de uma porta. Os pés do homem foram colocados em um tronco, e diante das solas dos pés está uma bacia com carvão em brasa. O homem sentenciado será torturado com fogo nos pés enquanto seu pescoço será cada vez mais apertado pela correia que está presa à tábua.
A expressão de terror no rosto do homem diz tudo, você não acha? Lembre-se, na feitiçaria, maior poder oculto flui aos perpetradores do sacrifício satânico se a vítima sofrer horrivelmente. Assim, um bruxo que sacrifique uma vítima procurará de todo o modo inflingir a máxima dor enquanto a vítima morre lentamente sob tortura. Todo esse ódio e toda essa tortura planejada faz muito sentido uma vez que você compreenda esse princípio da feitiçaria.


A Tortura Torna-se Mais Sofisticada

À medida que a Inquisição se desenrolou, outro espírito demoníaco varreu a igreja e as pessoas que executavam a Inquisição. Esse espírito era de um absoluto e diabólico ódio à humanidade, acompanhado por um amor correspondente à tortura. Se você olhar atentamente, verá algumas pessoas ricas sentadas do outro lado da vidraça, olhando o pobre homem ser torturado, como se estivessem assistindo a uma ópera! Mulheres e homens estão observando o pobre homem morrer lentamente enquanto ele roda na ponta afiada.
O homem está suspenso por muitas cordas e pode ser girado na ponta afiada que está fincada dentro do seu ânus. A dor era indizível e certamente insuportável. Temos outras gravuras de mulheres sendo suspensas nesse mesmo tipo de ponta afiada, que está fincada dentro de seus genitais!
Na Inquisição, a dor infligida nos órgões sexuais era muito predominante, outro sinal claro da obsessão sexual trazida à luz pelas perversões do celibato. Esse tipo de perversão sexual ocorreu em todas as religiões de mistério em toda a história: os mistérios satânicos babilônios, os mistérios egípcios, os mistérios gregos e os mistérios da Roma Imperial. Os sacerdotes católicos celibatários foram somente os mais recentes a sentir o flagelo da perversão sexual provocada pelo celibato.


As Mulheres Sentiam Um Medo Especial da Inquisição

Se uma mulher fosse acusada de bruxaria, ficava na iminência de sofrer uma tortura muito especial por parte do clero sedento de sexo. Como você descobrirá ao ler o "Malleus Maleficarium", o manual operacional da Inquisição, as mulheres eram especialmente visadas para perseguição como prováveis bruxas. Se uma mulher fosse meramente lançada de um lugar alto, como vemos aqui, podia chamar a si mesma de sortuda por ter uma morte relativamente rápida e com pouca dor. Como demonstraremos, um espírito demoníaco de obsessão de desvio sexual e luxúria soprou em toda a Inquisição depois da publicação do "Malleus Maleficarium"; em 5 de dezembro de 1484, o papa Inocêncio III emitiu a bula papal que estabeleceu esse documento como o padrão pelo qual a Inquisição deveria ser conduzida. O celibato clerical já estava em vigor há 361 anos, tempo bastante para tornar os sacerdotes em verdadeiros desviados sexuais.
Essa obsessão sexual rapidamente cresceu ao ponto em que uma mulher vivia com medo de que um dia, a partir do nada, pudesse ser acusada por alguém de ser uma bruxa; visto que a acusação era equivalente à culpa, aquela mulher podia esperar uma morte lenta sob tortura nas mãos de sacerdotes celibatários e com desvio sexual. Essa declaração é fato histórico, e provaremos isso, por meio do documento oficial da "Santa" Inquisição católica romana, o "Malleus Maleficarium".
Decidimos não inserir a maioria das gravuras que temos retratando mulheres desse período histórico sofrendo abuso sexual e sendo humilhadas durante a Inquisição, simplesmente por que não desejamos mostrar partes sexuais neste site; entretanto, esta gravura demonstra o fato que as mulheres sofriam abuso sexual durante a Inquisição, sem ser tão visualmente obscena.
Aqui, vemos uma mulher condenada, acusada de bruxaria, despida e sendo forçada a engatinhar, diante dos olhares lascivos da multidão, para uma gaiola onde ela será colocada e depois pendurada para todos verem. Os padres acreditavam que uma bruxa perdia seus poderes quando era suspensa do chão; portanto, quando os soldados da Inquisição prendiam uma mulher acusada de bruxaria, podiam puxá-la fisicamente do chão e carregá-la à masmorra de confinamento. Essa gravura transmite a essência dessa crença ridícula.
Um dos mais hediondos de todos os instrumentos de tortura utilizados contra as mulheres na Inquisição eram os "fura-bruxas", mostrados em seguida. Como você pode ver, esses instrumentos são na verdade facas. O "Malleus Maleficarium" declarava que as bruxas têm uma "marca do Diabo" em algum lugar em seu corpo. Isso exigia que o sacerdote investigador fizesse ele mesmo uma inspeção minuciosa no corpo nu da pobre mulher. Essa inspeção era freqüentemente realizada em meio a um grupo de homens que agiam como voyeurs, mas ostensivelmente eram forçados a testemunhar essa "inspeção" por causa de seu ofício religioso!
"Para aumentar o número de toques [perfurações], foi inventada a noção sutil de que a marca do Diabo deixava um ponto insensível à dor, discernível apenas por um inspetor perito com uma ponta afiada [uma dessas facas]. Assim, surgiu uma guilda de 'perfuradores de bruxas', que eram remunerados apenas quando descobriam uma bruxa, o que por sua vez levou à 'prova cabal' do sistema de usar uma ponta retrátil auxiliar. O 'perfurador' oficial, tendo dolorosa e visivelmente retirado sangue de vários pontos da vítima nua, penetrava o perfurador substituto [a faca] ao máximo, surpreendendo a multidão, e assegurando seus honorários pela bruxa entregue para julgamento." [Thomkins, pg 391]
Em outras palavras, essa faca retrátil não penetrava na carne quando era pressionada com força, mas retraía para dentro do cabo. No entanto, a multidão não sabia disso, e acreditaria que a razão por que a mulher não gritava, e por que não jorrava sangue ao ser perfurada, era por que ela era uma bruxa.
Esses "fura-bruxas" procuravam também outras "marcas do Diabo" no corpo da mulher.
"Segundo a Igreja, em algum lugar no corpo da bruxa, o Diabo deixava sua marca, a mais óbvia das quais era um mamilo supranumerário - 'sinal seguro' de dedicação à deusa Diana, de muitos seios, a rainha das bruxas. E, enquanto a profissão médica moderna estima que três de cada cem mulheres tenham tais vestígios, as chances de 'encontrar' uma bruxa eram consideráveis. (Nota: O Novo Dicionário Aurélio define "supranumerário" como "que excede o número estabelecido"; portanto, uma mulher com um mamilo a mais tem um "mamilo supranumerário")
Certamente, os sacerdotes celibatários e "castos" estariam muito interessados em examinar cem mulheres para encontrar três que tivessem um "mamilo supranumerário"! No entanto, os "fura-bruxas" penetravam cada uma dessas "marcas do Diabo" com um desses "perfuradores", essas repugnantes facas de exame. Visto que o episódio inteiro era conduzido por um sacerdote celibatário e "casto", eles ficavam excitados sexualmente ao examinar as mulheres dessa maneira. Assim, você pode compreender a próxima revelação de Thomkins.
"... havia aquela depravada compulsão, descrita por Wilhelm Reich como a 'praga emocional', em que indivíduos sexualmente não-funcionais, incapazes de sentir prazer na prática natural do sexo, começam a aliviar sua sexualidade reprimida cortando, dilacerando e queimando a própria carne que não podem nem beijar, nem acariciar, nem inflamar com prazer." [Ibidem]
Assim, o celibato - a "doutrina de demônios" - invadiu e tomou posse de uma parte enorme da "Santa" Inquisição. Para Satanás, foi fácil invadir a Igreja Católica poderosamente, pois já a tinha movido para a prática da feitiçaria desde o ano 321, quando o imperador Constantino afirmou seu comando sobre a igreja. Quando finalmente esse período da Inquisição começou, a Igreja já estava separada da videira verdadeira - Jesus Cristo - há mais de 800 anos.
Portanto, a madeira estava muito seca, suscetível ao fogo do Inferno que Satanás soprou, usando a Inquisição. Um praticante de Magia Negra pode confirmar para você que o espírito do demônio sexual, Larz, e suas hordas demoníacas, virtualmente tomaram posse da Inquisição com sua luxúria e suas obsessões sexuais, uma conquista que foi extremamente fácil devido à imposição do celibato. Os sacerdotes católicos tornaram-se assassinos, estupradores e voyeurs. Um número estimado de 75 milhões de pessoas pagou o preço final, enquanto milhões de outras foram intimidadas, torturadas, e forçadas a manter relações sexuais pelos sacerdotes que manejavam essa arma terrível contra as mulheres que queriam levar para a cama!
Leia a Parte 2: Análise de O Martelo das Feiticeiras, o Manual Operacional da Inquisição
Sugestões de leitura:
O Martelo das Feiticeiras (Malleus Maleficarum), Heinrich Kramer e James Sprenger, Editora Rosa dos Tempos, direitos adquiridos pela Editora Record, tradução de Paulo Fróes, http://www.record.com.br/detalhe.asp?tituloLivro=1397.
O Manual dos Inquisidores (Directorium Inquisitorum), Nicolau Eymerich, Editora Rosa dos Tempos, direitos adquiridos pela Editora Record, tradução de Maria Lopes José da Silva, http://www.record.com.br/detalhe.asp?tituloLivro=1082.


A "santa" inquisição, essa instituição malévola que  covarde e impunemente tantos crimes cometeu, destruindo lares, aniquilando famílias inteiras e levando o terror e o medo a toda parte ainda hoje encontra mentes deturpadas, anuviadas pelas paixões - que cegam o entendimento - que ousam defendê-la dizendo que foi uma instituição.
"mui necessário e salutaríissima, de combater a heresia, esse cancro da cristandade... ela cooperou numa obra excelente diante de Deus e diante dos homens."

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