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domingo, 27 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

DESEJAMOS A TODOS UM PRÓSPERO ANO NOVO DE 2010 , REPLETO DE REALIZAÇÕES PESSOAIS ESTENDIDO A TODA FAMÍLIA.
PELA CORAGEM COMBATIVA EM  DEFESA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
QUE CADA UM POSSA FAZER A SUA PARTE ONDE ESTIVER E , EM QUE SITUAÇÃO SE ENCONTRE


ESTEJAM EM PAZ


I.D.D.P.H.  - INSTITUTO DE DEFESA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
ANDRE
CEL 9606-7642

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A VERDADE E UMA (I)

Com freqüência, ao discutir religião, se ouve a afirmação de que ninguém tem o direito de julgar a crença dos outros, ou que a religião de uma pessoa é um assunto privado e que ninguém pode dizer o que está certo ou errado.  Ao longo da história as sociedades têm baseado suas leis e éticas em “verdades absolutas” que consideram “corretas”, e isso ou é resultado de um texto externo considerado supremo, ou da característica encontrada na natureza inerente dos humanos que faz com eles vejam certas coisas como boas e outras como más.  Humanos, até um certo limite, podem ver certas coisas como boas e más.  Por exemplo, todos os humanos, se deixados em seu estado natural sem perversão da mente, verão fezes e urina como imundície.  Da mesma forma, certas ações, como roubar, matar e mentir também são consideradas más, enquanto a verdade, sinceridade e honra são vistas como elevadas.  Isso é resultado de uma característica que foi criada em todos os humanos, mas como mencionado acima, esse sentido é limitado.
Se alguém diz que não tem o direito de julgar a crença ou ações dos outros está, de fato, se contradizendo.  Se perguntarmos a muitas dessas pessoas se matar bebês ou cometer suicídio é correto e aceitável, elas naturalmente responderão que não é.   Mas quando olhamos para certas sociedades, como algumas religiões encontradas na América Central, o infanticídio era visto como um meio de se aproximar de seus deuses.  Hoje, na religião hindu, é louvável que uma esposa se mate após a morte de seu marido.  Se elas realmente acreditassem que a religião é algo para ser deixado por conta do indivíduo e que ninguém tem o direito de interferir ou julgar, então teriam que admitir que matar bebês é correto para aqueles que crêem que é louvável, e que as pessoas não têm direito de julgá-los.
Se levarmos essa questão para o nível individual, veremos que cada pessoa tem sua própria percepção de bem e mal, seja essa uma percepção baseada em religião, lei, cultura ou contemplação individual.  Alguém pode acreditar que é perfeitamente aceitável cometer adultério enquanto outros podem pensar que é errado.  Alguém pode acreditar que é permissível viciar-se em drogas uma vez que se trata do seu próprio corpo, e outros podem considerar isso um crime.  Ninguém seria capaz de dizer que qualquer coisa é certa ou errada, e todas as pessoas fariam o que quisessem para acreditar e praticar o que considerassem como “correto.”
Se implementássemos essa crença na sociedade teríamos uma comunidade baseada na anarquia, onde nenhuma lei poderia ser legislada nem executada, porque a lei é baseada no princípio de que certas coisas são boas e outras são más.  Se dissermos que certas verdades com as quais todos os humanos concordam podem ser usadas para legislar, essa afirmação seria verdadeira até um certo limite, como afirmamos que todos os humanos têm uma característica de distinguir o certo e o errado em um sentido limitado. Mas como visto, essa característica muitas vezes se perverte através de fatores ambientais, psicológicos ou religiosos, de modo que certos atos que foram considerados maus em uma certa época posteriormente são vistos como legítimos e aceitáveis, e algumas coisas que não estão de acordo com a natureza humana são vistas como as chaves para a salvação.  Isso pode ser claramente observado em sociedades democráticas que baseiam suas leis na maioria.  Nós vemos que muitas coisas que foram consideradas absurdas ou imorais são agora socialmente aceitáveis, a ponto de se alguém mantiver uma opinião diferente em relação ao assunto, ser visto como um proscrito.
Por essa razão, os humanos não podem ser deixados por sua própria conta para legislar o que é certo e errado.  Até sociedades da mesma religião que instituíram a separação de religião e estado, embora estejam de acordo nas coisas que mantiveram de sua religião, diferem muito em relação ao que é considerado correto e incorreto.  O que é considerado como idade legal para consentir o sexo na França é considerado estupro na América.  Enquanto o aborto é legal em um país, é crime em outro, enquanto a homossexualidade é vista como um estilo de vida válido em uma sociedade, é vista como um grave pecado em outra.
Então, se nós dissermos que a verdade é absoluta e uma e não é relativa para cada indivíduo e sociedade, a próxima questão é qual é a moral na qual a verdade se manifesta e quem é que as decide?  Quais são as leis que devem ser implementadas na sociedade?  Elas devem ser decididas pelos advogados e juízes que alcançaram o nível de “iluminação legal”, políticos que geralmente tomam decisões em seu próprio benefício ou benefício de seus próprios países, ou filósofos que conheceram as verdades universais através de suas próprias contemplações?  Como visto anteriormente, os humanos não podem decidir essas questões para que não aconteçam resultados catastróficos, como vemos hoje em muitas sociedades tomadas por numerosos males.  O Único que tem o direito de legislar o certo e o errado é Aquele que nos criou e sabe o que é melhor para nós, e que é Deus Todo-Poderoso.  Foi Deus quem criou o mundo e é Deus quem estabelece as balanças da justiça.  É Deus que é perfeito e é Deus quem não tem qualquer tipo de falha.
A maior parte de nossa discussão lidou com as questões de crença relacionadas à moralidade e ações, mas mais importante são aquelas crenças que lidam com Deus, e serão discutidas no artigo seguinte.

A VERDADE E UMA (ii)

Aqueles que acreditam que a verdade é relativa e que todas as crenças são corretas consideram que não é possível dizer que as crenças de uma pessoa estão erradas, porque a religião para elas é uma crença puramente individual.  A falsidade dessa afirmação é muito aparente e não precisamos investigar detalhadamente para prová-la.  Se uma religião acredita que Jesus foi um falso profeta, a outra afirma que ele é Deus, e outra ainda que ele foi um humano especialmente escolhido para ser um profeta, podem todas serem verdadeiras?  Jesus, que Deus o exalte, deve inevitavelmente ser uma das três coisas mencionadas acima, e todas as três afirmações não podem estar corretas.  Portanto, assim como apenas uma dessas afirmações pode estar correta, o que for estabelecido como verdade determina que as outras devem ser consideradas como falsas.
Isso não significa, entretanto, que uma pessoa não tem o direito de acreditar no que quiser, já que esse é um direito que Deus concedeu a todos os humanos.  Mas ao mesmo tempo, não significa que se deva adotar o outro extremo e dizer que todas estão corretas, e que ninguém tem o direito de formar um julgamento sobre elas.  Além disso, dar a uma pessoa o direito de acreditar no que quiser não requer que ela tenha o direito de abertamente praticar ou divulgar essas crenças, porque as leis implementadas na sociedade sempre focam nos efeitos das ações a um nível maior da sociedade e se essas ações são vantajosas ou prejudiciais para a sociedade como um todo.
A partir do que discutimos, podemos inequivocamente chegar à conclusão de que todas as religiões encontradas hoje no mundo ou são falsas, ou existe uma entre elas que é a Verdade abrangente; porque embora várias religiões contenham semelhanças, elas também têm diferenças fundamentais. 
Se dissermos que nenhuma religião no mundo hoje está correta, isso implicaria em acreditar que Deus é injusto porque nos deixou vagando na terra em pecado e transgressão sem nos mostrar o caminho certo para fazer as coisas, e isso é impossível para um Deus Justo. Conseqüentemente, a única conclusão lógica é que há uma Uma Religião Verdadeira, que contém orientação em todas as esferas da vida: religiosa, moral, social e individual.
Como sabemos qual é essa religião verdadeira?  Cabe a cada ser humano investigar essa questão.  Os humanos foram criados para cumprir um grande propósito, não apenas comer, dormir, sair atrás de seu sustento diário e saciar seus desejos.  Para cumprir esse propósito, deve-se tentar descobrir qual é esse propósito, e isso só pode ser feito através de investigação.  Se acreditamos que existe um Deus, e que Deus não deve ter deixado os humanos vagando em desorientação, então devemos procurar pela religião e modo de vida que Deus revelou.  Além disso, essa religião não estaria oculta ou seria difícil para os humanos encontrarem e entenderem, porque isso destruiria o propósito da orientação.  Em acréscimo, a religião deve conter a mesma mensagem através dos tempos, uma vez que mencionamos que tudo retorna para uma verdade absoluta.  Essa religião também não pode conter falsidades ou contradições, porque falsidade ou contradição em uma questão de religião prova a falsidade da religião como um todo, já que duvidaríamos da integridade de seus textos.
Não existe outra religião que cumpra as condições mencionadas acima exceto a religião do Islã, a religião que está de acordo com a natureza humana, a religião que foi pregada por todos os profetas desde o surgimento do homem.  Outras religiões encontradas hoje, como o Cristianismo e o Judaísmo, são reminiscências da religião trazida pelos profetas em seu tempo, que era o Islã. Entretanto, com o passar do tempo, elas foram alteradas e perdidas, e o que é encontrado hoje dessas religiões é uma mistura de verdade e falsidade.  A única religião que foi preservada e prega a mesma mensagem trazida por todos os profetas é a religião do Islã, a verdadeira religião, que regula todas as esferas das vidas humanas - religiosa, política, social e individual - e cabe a todos os humanos investigarem essa religião, apurarem sua verdade e segui-la.

http://www.islamreligion.com/pt/articles/7/

sábado, 19 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Jornal da Madeira / 1ª Página / 2009-12-15


Alberto João Jardim preocupado com materialismo e perda de valores na Europa
Radicalismo ameaça
O presidente do Governo Regional presidiu, ontem, à inauguração da Mesquita do Funchal, um espaço de culto islâmico que contou com a presença de diversos responsáveis religiosos, embaixadores e empresários.
”Alberto João Jardim chamou, ontem, a atenção para a importância de respeitar a forma como cada ser humano procura chegar a Deus mas mostrou-se contra o materialismo radical das sociedades desenvolvidas tendo advertido que, se este tomar conta da Europa, acabará por ser a decadência de uma forma de viver.
O presidente do Governo Regional falava no âmbito da inauguração da Mesquita do Funchal, um espaço de culto islâmico. Na cerimónia tomaram parte diversas entidades, a destacar o secretário regional dos Recursos Humanos, o director do Centro das Comunidades Madeirenses, o Bispo do Funchal, os presidentes da Comunidade Islâmica de Lisboa e da delegação da Comunidade Islâmica da Madeira, representantes de diferentes religiões, embaixadores, empresários e demais convidados.
A comitiva tomou parte na oração do final da tarde (Maghrib), numa cerimónia de carácter ecuménico, a qual precedeu a inauguração. No acto, houve enorme respeito tendo os presentes mantidos os seus pés descalços, cumprindo as regras islâmicas.
Dirigindo-se aos presentes, Jardim apontou que “o grande problema hoje são aqueles que entram no materialismo radical, que não é só negação de Deus” mas a tentativa de “ceifar no homem o seu direito à procura de Deus”.
Alberto João Jardim lamentou que as sociedades de hoje, embora muito desenvolvidas, “caíram no materialismo” que “despido de qualquer sentido de humanismo, de espiritualismo nunca fez felizes os povos, acabaram por entrar em crise”.
Tomando como exemplo a Europa, advertiu que “se perder os valores da espiritualidade, se cair no materialismo profundo”, este “acabará por ser a decadência de uma forma de viver”.
O chefe do executivo madeirense aproveitou a oportunidade para agradecer aos presentes, o trabalho que têm desenvolvido em prol da Madeira e a forma generosa como se integraram.
“Estão na vossa casa”, afirmou, desejando que “continuem a alimentar os vossos sentimentos religiosos e a lutar num mundo em que se seja livre para desenvolver os nossos sentimentos religiosos e para melhor nos aproximarmos do próximo”.
Foi neste âmbito que a delegação da Comunidade Islâmica da Madeira recebeu o apoio do Governo Regional porque a procura de Deus “tem que ser respeitada pelos poderes públicos” porque “se nós visamos a realização de cada homem e de cada mulher temos que criar condições para a procura de Deus”, concluiu.


Comunidade agradece abertura de Jardim
A Mesquita do Funchal é a 34.ª existente no país. Na inaguração do espaço, o presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, Abdool Magid Vakil, em representação da delegação da Comunidade Islâmica da Madeira agradeceu o apoio e abertura demonstrados pelo Governo Regional.
Nesta cerimónia de carácter ecuménico marcaram presença, entre outros, dos embaixadores da Arábia Saudita e do Irão na capital portuguesa, HIsham Alkatani e Rasool Mohajer, respectivamente. A embaixada Líbia esteve representada por Yahya El Jadid e Saoud Eltayari.
A Comunidade Islâmica na Madeira é presidida por Abdou Karim Ben Adj e pelo seu irmão Abel Lasseri.
A Mesquita localiza-se no Conjunto Habitacional de Santo Amaro II. As instalações foram cedidas pelo Governo Regional. A sua instalação surgiu após a constituição formal da Associação Islâmica da Madeira e no cumprimento do exercício da liberdade religiosa.
Abool Magid salientou que a integração desta comunidade na Região “só foi possível graças à abertura de espírito e de cooperação do Dr. Alberto João Jardim, que acredita na tradição multi-étnica, multi-religiosa e multi-cultural de Portugal como um dos factores essenciais para a convivência harmoniosa e fraterna da comunidade madeirense”.
 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

ACONTECE NA RUSSIA

Supremo Tribunal Russo Determina Regras contra as Testemunhas de Jeová e a liberdade religiosa

http://jw-media.org/images/home/globe.jpg

Jehovah’s Witnesses

Official Media Web Site

Supremo Tribunal russo Determina  Regras contra as Testemunhas de Jeová e a liberdade religiosa

MOSCOW-Em 8 de dezembro de 2009, a Suprema Corte da Federação da Rússia considerou o recurso de uma congregação local das Testemunhas de Jeová e confirmou a decisão judicial anterior inferior, e pronunciou  34 publicações de literatura religiosa de ensino  como “extremista”. A Suprema Corte rejeitou o recurso da congregação. Esta congregação enfrenta agora o “Fechamento”.
Arli Chimirov, o advogado que representa os interesses das Testemunhas de Jeová, lamentou a decisão: “A decisão tomada hoje pelo Supremo Tribunal é uma decisão contra a liberdade de manifestar as crenças religiosas, e afirma uma má aplicação da Lei Federal de Luta contra a atividade extremista das Testemunhas de Jeová , que distribuem essas publicações internacionalmente. As Testemunhas de Jeová  levarão este recurso para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, a fim de proteger a liberdade de religião na Rússia, incluindo o direito de adoração  com a literatura religiosa de sua escolha e o compartilhamento pacífico de crenças com os outros. Enquanto isso, eu temo que  haverá muitos mais atos de intolerância religiosa e ódio contra as Testemunhas  de Jeová, por causa da decisão do Tribunal “.
Os membros da congregação das Testemunhas de Jeová em Taganrog (Rostov Region) no centro do processo, bem como os adoradores de toda a Rússia e no exterior, também estão profundamente preocupados que este alto tribunal irá desencadear uma maior onda de intolerância religiosa, ainda pior do que as atitudes e ações já abastecidos por uma decisão do tribunal regional. Há sete outros casos pendentes contra as congregações das Testemunhas de Jeová como  extremistas ,  a mesma “imposição” posta em cima da congregação Taganrog.
O Presidente da Mesa do Centro Administrativo das Testemunhas de Jeová na Rússia, Vasily Kalin, disse: “Estou muito preocupado que esta decisão vai abrir uma nova era de oposição contra as Testemunhas de Jeová, cujo direito de se reunir em paz, para acessar literatura religiosa e de partilhar a esperança cristã contida no Evangelho, é cada vez mais limitado. “
Sr. Kalin pode falar da experiência pessoal. “Quando eu era jovem, fui enviado para a Sibéria por ser uma das Testemunhas de Jeová e porque meus pais estavam lendo A Sentinela, a mesma revista a ser injustamente declarado” extremista “neste processo.”
A Sentinela impressa durante 130 anos,  está disponível em 170 línguas e cada mês cerca de 37 milhões de exemplares são distribuídos mundialmente. As Testemunhas de Jeová têm praticado a sua fé na Rússia há mais de 100 anos.
http://www.noticias.jwbrothers.net/supremo-tribunal-russo-determina-regras-contra

domingo, 6 de dezembro de 2009

partidos políticos na Suíça e na Europa se tornaram covardes

domingo, 6 de dezembro de 2009, 03:39 | Versão Impressa
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,minaretes-da-intolerancia,477563,0.htm

Minaretes da intolerância

Partidos políticos europeus se tornaram covardes e distantes de ações efetivas pelo pluralismo religioso e cultural, diz autor
Tariq Ramadan* - O Estado de S.Paulo


Não deveria ser assim. Por meses ouvimos que os esforços para proibir a construção de minaretes na Suíça estavam fadados a fracassar. As pesquisas de opinião mais recentes sugeriam que aproximadamente 34% da população suíça seria favorável a essa iniciativa chocante. No dia 26, em reunião organizada em Lausanne, mais de 800 estudantes, professores e cidadãos se mostraram certos de que a medida seria rejeitada quando submetida a referendo, e concentraram seus esforços em como transformar uma iniciativa tão tola num futuro mais positivo.

Essa convicção foi esmagada, com 57% da população suíça fazendo aquilo que a União Democrática do Centro, UDC (de direita), insistira para que fizesse - um preocupante sinal de que esse partido populista pode estar mais próximo dos temores e das expectativas das pessoas. Pela primeira vez desde 1983 foi aprovada na Suíça uma iniciativa que destaca uma comunidade específica, com uma essência discriminatória clara. Podemos torcer para que a proibição seja rejeitada no nível europeu, mas isso não faz o resultado menos preocupante. O que está acontecendo com a Suíça, minha terra natal?

Há apenas quatro minaretes na Suíça. Assim, por que foi lançada uma iniciativa desse tipo? Meu país, como tantos outros na Europa, enfrenta uma reação nacional à nova visibilidade conquistada pelos muçulmanos europeus. Os minaretes são apenas um pretexto. A UDC pretendia inicialmente promover uma campanha contra os métodos islâmicos tradicionais para abater animais, mas temeu esbarrar na sensibilidade dos judeus suíços, e se voltou então contra os minaretes, eleitos como alvo mais adequado.

Todos os países europeus escolhem símbolos ou temas específicos por meio dos quais os muçulmanos locais são perseguidos. Na França, é o lenço ou a burca; na Alemanha são as mesquitas; na Grã-Bretanha, a violência; na Dinamarca, os quadrinhos; na Holanda, o homossexualismo - e assim por diante. É importante enxergar além desses símbolos e compreender o que está de fato acontecendo na Europa como um todo e na Suíça em particular: enquanto países europeus e seus cidadãos passam por uma crise de identidade real e profunda, a nova visibilidade dos muçulmanos europeus se mostra problemática - e assustadora.

No exato momento em que os europeus perguntam a si mesmos, num mundo globalizado e migratório, "quais são nossas raízes?", "quem somos nós?", "como será nosso futuro?'', eles veem a seu redor novos cidadãos, novas tonalidades de pele, novos símbolos aos quais não estão acostumados.

Ao longo das duas últimas décadas o Islã foi associado a tantos debates controvertidos - violência, extremismo, liberdade de expressão, discriminação de gêneros, casamento forçado, para citar apenas alguns - que se tornou difícil para os cidadãos comuns encarar essa nova presença muçulmana como algo positivo. Há muito medo, e a desconfiança é palpável. Quem são eles? O que querem? As perguntas recebem dose extra de suspeita quando é enunciada a ideia de um Islã como religião expansionista. Será que essas pessoas querem islamizar nosso país?

A campanha contra os minaretes foi abastecida justamente por essas ansiedades e alegações. Eleitores foram atraídos para essa causa por uma manipulação apelativa dos temores e das emoções populares. Cartazes mostravam uma mulher de burca com os minaretes desenhados como armas sobre uma bandeira colonial suíça. Foi dito que o Islã é fundamentalmente incompatível com os valores suíços (no passado, a UDC exigiu a revogação de minha cidadania porque eu defendia os valores islâmicos de maneira excessivamente aberta). Sua estratégia de mídia foi simples, mas eficaz. Provocar a controvérsia onde quer que ela possa ser inflamada. Espalhar entre o povo suíço um sentimento de vitimização: estamos sob cerco, os muçulmanos estão nos colonizando em silêncio e estamos perdendo nossas raízes e nossa cultura. A estratégia funcionou. A maioria dos suíços está enviando uma mensagem clara a seus concidadãos muçulmanos: não confiamos em vocês, e para nós o melhor muçulmano é aquele que não vemos.

Quem deve levar a culpa? Há anos repito aos muçulmanos que eles devem se fazer positivamente visíveis, ativos e proativos dentro de suas respectivas sociedades ocidentais. Na Suíça, no decorrer dos últimos meses, os muçulmanos tentaram se esconder com o objetivo de evitar conflitos. Teria sido mais útil buscar a criação de novas alianças com todas as organizações e partidos políticos do país que se mostraram claramente contrários à iniciativa. Os muçulmanos suíços têm sua parcela de responsabilidade, mas deve-se acrescentar que os partidos políticos na Suíça e na Europa se tornaram covardes e tentam se distanciar de quaisquer medidas corajosas no sentido do pluralismo religioso e cultural. É como se os populistas definissem o tom e os demais simplesmente os seguissem. Eles se recusam a reconhecer que o Islã é hoje uma religião suíça e europeia. Que os cidadãos muçulmanos se mostram amplamente "integrados". Que encaramos desafios em comum, como o desemprego, a pobreza e a violência - desafios que precisamos enfrentar juntos. Não podemos culpar apenas aos populistas - trata-se de um fracasso mais amplo, uma falta de coragem, uma terrível e estreita falta de confiança nos seus novos cidadãos muçulmanos.

*Professor de estudos islâmicos contemporâneos na Universidade Oxford. Seu livro mais recente é What I Believe (Oxford USA Trade)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

01/12/2009 12.23.38



SUÍÇA: MUÇULMANOS CONDEMAM PLEBISCITO







Berna, 1º dez (RV) – O mundo muçulmano condena o voto dos suíços no referendo que proibiu a construção de minaretes em território helvécio. O voto é visto com uma manifestação de islamofobia, mas se registram também convites à moderação, por causa, certamente, das reações negativas do governo de Berna, do episcopado católico do país e de organismos como Anistia Internacional.

“O que é mais doloroso para nós – disse o coordenador da Organização islâmica na Suíça, Farhad Afshar – não é a proibição dos minaretes, mas o que indica esse voto, ou seja, que os muçulmanos não são aceitos como comunidade religiosa”.

No mundo islâmico registram-se reações fortes, como a do Grão-mufti do Egito, Ali Gomaa, para quem a proibição é “um insulto” aos muçulmanos de todo o mundo. “Não se trata - declarou Ali Gomaa à agência egípcia MENA – de um simples atentado à liberdade religiosa, mas é também um insulto aos sentimentos da comunidade muçulmana na Suíça e no mundo”.

Prevalecem, porém, aqueles que convidam à calma. Como é o caso de Maskuri Abdillah, chefe da Nahdlatul Ulama, a principal organização islâmica da Indonésia que falou de “ódio” e “intolerância”, enquanto o voto, a seu ver, “é um sinal de ódio dos suíços para com os muçulmanos. Porém Abdillah convidou os muçulmanos do seu país a reagirem “mostrando a eles tolerância e a sua adesão à liberdade de culto”.

Na mesma linha, o secretário geral da Organização da Conferência Islâmica, Ekmeleddin Ihsanoglu, que se disse confiante que os suíços saberão “tomar a melhor decisão” e abolir a proibição. (SP)

http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=338623

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

ESTADÃO COMENTA

segunda-feira, 30 de novembro de 2009, 12:13 | Online

Países criticam Suíça por proibir construção de minarete

AE - Agencia Estado


GENEBRA - Aprovada na Suíça ontem em referendo, a proibição de construir novos minaretes no país foi condenada por nações de maioria muçulmana e também na Europa como uma mostra de intolerância. "É uma expressão de um pouco de preconceito e talvez mesmo de medo, mas está claro que é um sinal negativo de todo modo, não há dúvida disso", afirmou o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt. A Suécia mantém a presidência rotativa da União Europeia (UE). Minarete é uma pequena torre de mesquita, de três ou quatro andares e balcões salientes, de onde se anuncia aos muçulmanos a hora das orações.



O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, qualificou a medida como "uma expressão de intolerância, e eu detesto intolerância". O chefe do maior grupo muçulmano da Indonésia, Maskuri Abdillah, disse que o voto refletiu "um ódio do povo suíço contra as comunidades muçulmanas". O mufti Ali Gomaa, funcionário do governo do Egito encarregado de interpretar a lei islâmica, denunciou a proibição aos minaretes como "um insulto" aos muçulmanos e "um ataque à liberdade de crenças".



No referendo de ontem, 57,5% dos suíços votaram para proibir constitucionalmente a construção de minaretes. A emenda constitucional proíbe apenas a construção de minaretes, e não a de mesquitas nem a liberdade religiosa. A Suíça tem apenas quatro minaretes, que não têm permissão para transmitir o chamado para as preces, além de aproximadamente 200 mesquitas, segundo dados oficiais.



Os muçulmanos são 5% da população suíça, de 7,5 milhões de pessoas. Eles são o terceiro maior grupo religioso do país, atrás de católicos romanos e denominações protestantes. A estimativa, porém, é que apenas 50 mil muçulmanos no país sejam praticantes. As informações são da Dow Jones. 
 
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,paises-criticam-suica-por-proibir-const

CHOQUE

Ministra suíça das Relações Exteriores "chocada" com vitória do "sim"

2009-11-29

A ministra suíça das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, manifestou-se hoje, domingo, "chocada" com a vitória folgada do "sim" no referendo sobre a proibição de minaretes nas mesquitas do país, iniciativa da direita nacionalista.
"Estou chocada, lamento-o profundamente. Eu penso que este resultado é um sinal de alarme, um sentimento de apreensão, de auto-defesa dos cidadãos num contexto mundial globalizado e de uma crise económica", afirmou a ministra em entrevista a quatro agências de informação.
Cinquenta e sete por cento dos votantes no referendo votaram este domingo pela proibição da construção de minaretes, com apenas quatro cantões nos 26 que integram a Confederação a rejeitaram a proposta apoiada pelo partido UDC, da direita populista, e pelo pequeno partido cristão de direita UDF.  
"Ficará proibida a construção de mesquitas com minaretes. As quatro existentes na Suíça que os têm continuarão assim, poderão construir-se novas mesquitas mas sem eles, e os muçulmanos poderão continuar a rezar à sexta-feira", afirmou a ministra suíça.  
Para Calmy-Rey, o resultado espelha uma "instrumentalização muito bem feita" pela direita nacionalista suíça dos medos e preconceitos em relação à minoria muçulmana.  
Também "terá desempenhado o seu papel" a crise diplomática corrente entre Berna e a Líbia, que mantém presos dois cidadãos suíços há mais de um ano, adiantou.  
Agora, adiantou, o governo vai "reforçar o diálogo com a comunidade muçulmana", pois "a paz religiosa é um elemento essencial do êxito da imagem da Suíça".  
Referiu ainda que foram já dadas instruções aos embaixadores suíços para que expliquem a todos os países islâmicos o que aconteceu, com base no "princípio da democracia directa" suíça, onde quase todas as decisões são sujeitas a referendo popular.  
Entre os principais partidos políticos suíços, a apreensão é geral, e os Verdes já anunciaram que vão recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Estrasburgo, para que invalide o resultado deste referendo, que consideram inconstitucional.  
Também a Conferência Episcopal suíça lamentou o resultado, e o seu secretário-geral, Felix Gmür, afirmou tratar-se de "um duro golpe contra a liberdade religiosa e a integração".  
"O Concelho Vaticano II diz claramente que é lícito que todas as religiões construam edifícios religiosos, e os minaretes são edifícios religiosos", afirmou.  
Também a União Patronal suíça considerou o resultado contrário "à liberdade religiosa e vexatória para os muçulmanos".
A Amnistia Internacional (AI) declarou-se este domingo "consternada" com o resultado, afirmando que "a proibição total de construir minaretes representa uma violação da liberdade de religião, incompatível com as convenções subscritas pela Suíça".
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1434232

SUIÇA EM RETROCESSO

Os suíços aprovaram a proibição da construção de minaretes nas mesquitas.
Mais de 57% dos eleitores votaram sim no referendo que, este domingo, lhes perguntava se eram a favor do fim da construção das torres. A consulta popular foi uma iniciativa do partido ultraconservador UDC, alegando que as torres das mesquitas são um “símbolo da intolerância islâmica”. Oskar Freysinger, deputado UDC, explica que a medida não pretende interferir com a liberdade de culto. “Mas o minarete é um símbolo acessório que deve ficar na esfera privada, para não haver uma interferência entre os dogmas e o direito”, defende. Opinião contrária da maior parte dos partidos helvéticos, como os Liberais-Radicais. Olivier Français, deputado do PLR, explica: “Espero que haja serenidade amanhã e nos próximos dias porque haverá muitas emoções nas diferentes comunidades, tanto ao nível nacional como internacional. Mas a nossa Constituição Federal confere a todos a liberdade religiosa e há que respeitá-la.” A Suíça conta com 400 mil muçulmanos. A proibição de minaretes é vista como um rude golpe na liberdade de culto. “É um resultado que temos de digerir durante algum tempo. Mas vamos digeri-lo tal como o fizemos com outras coisas e vamos sobreviver”, sublinha uma mulher muçulmana. Os muçulmanos são a terceira comunidade religiosa no país, a seguir aos católicos e aos protestantes. Das 180 mesquitas na Suíça, apenas quatro têm minaretes. O governo e o parlamento tinham criticado a iniciativa, afirmando ser contrária à Constituição, que reconhece a liberdade religiosa e a tolerância. Os Verdes já disseram que vão apresentar um recurso no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo, contra o resultado do referendo.
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http://pt.euronews.net/2009/11/29/suicos-dizem-nao-aos-minaretes/